Parlatório

Após protestos, Câmara adia votação de projeto da terceirização

Proposta foi alvo de manifestações, organizadas por centrais sindicais, em pelo menos 18 estados

Após protestos, Câmara adia votação de projeto da terceirização
Após protestos, Câmara adia votação de projeto da terceirização
Eduardo Cunha e líderes dos partidos decidiram votar PL 4330 na semana que vem
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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou um acordo, na sessão desta quarta-feira 15, que adia mais uma vez a votação do projeto de lei da terceirização (PL 4330/04). A proposta é alvo de manifestações, organizadas por centrais sindicais e movimentos sociais, em pelo menos 18 estados. Com isso, a previsão é que o projeto seja votado apenas na próxima quarta-feira 22.

O acordou saiu depois que líderes dos partidos manifestaram preocupação com a repercussão negativa. A ideia então é chegar a um consenso. “Vamos produzir um acordo para que a votação não seja emperrada”, afirmou Cunha. Além disso, a apresentação de sete emendas aglutinativas gerou insegurança para que os parlamentares votassem rapidamente.

Alguns deputados manifestaram, inclusive, confusão sobre o que dizia cada emenda, de acordo com o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE). “Ouvimos vários deputados perguntar: ‘que emenda é essa? Por que isso? Por que aquilo?’, disse. “Pairou uma grande dúvida, vamos conversar, vamos dialogar para unificar a base”, emendou.

Guimarães afirmou que 2/3 dos partidos pediram o adiamento da votação e vai reunir, até a semana que vem, representantes do governo, empresários e movimento sindical, com a participação do relator do projeto e de outros deputados, para tentar um acordo que envolva esses setores.

O líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), também pediu o adiamento das votações. Segundo ele, manter a votação nesta quarta seria um ato “intransigente, autoritário e irresponsável com a produção legislativa”.

A proposta já havia sido discutida em Plenário nesta terça-feira 14 e foi adiada para hoje pela mesma razão. Na sessão de ontem, por exemplo, André Figueiredo (CE), do governista PDT, disse que seu partido é herdeiro do trabalhismo de Getúlio Vargas, o pai da CLT, e não quer ficar conhecido como “traidor”. Ele reclamou que em alguns aeroportos há sindicalistas da CUT e da CTB disseminando a ideia de “traição”.

*Com informações da Agência Câmara

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