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Ex-assessor de Trump, John Bolton é indiciado nos EUA

O diplomata se torna o terceiro adversário do presidente americano a enfrentar acusações criminais nas últimas semanas

Ex-assessor de Trump, John Bolton é indiciado nos EUA
Ex-assessor de Trump, John Bolton é indiciado nos EUA
John Bolton, ex-conselheiro de Trump. Foto: Brendan Smialowski / AFP
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John Bolton, ex-assessor de segurança nacional durante o primeiro mandato de Donald Trump e que depois se tornou um de seus críticos mais fervorosos, foi indiciado nesta quinta-feira 16 por um júri federal nos Estados Unidos.

O diplomata, de 76 anos, investigado por longo tempo pelo manejo de informações classificadas, se torna o terceiro adversário do presidente americano a enfrentar acusações criminais nas últimas semanas.

Quando questionado sobre o tema, Trump disse aos repórteres na Casa Branca que Bolton era uma “pessoa má”.

“Acho que ele é um cara ruim”, disse Trump. “É assim que as coisas são.”

A acusação contra Bolton ocorre após o Departamento de Justiça de Trump ter acusado outros dois proeminentes críticos do presidente: a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, e o ex-diretor do FBI James Comey.

Bolton foi assessor de segurança nacional de Trump durante o primeiro mandato e posteriormente irritou o governo com a publicação de um livro altamente crítico, The Room Where it Happened (O quarto onde tudo aconteceu, na tradução livre).

Desde então, tornou-se um crítico notório de Trump. Ele apareceu com frequência em programas de notícias e na imprensa escrita para condenar Trump, classificando-o como “inapto para ser presidente”.

Trump não mencionou especificamente Bolton em uma publicação em sua rede Truth Social, na qual instava sua procuradora-geral, Pam Bondi, a processar seus inimigos, mas no passado atacou Bolton e retirou sua escolta pouco depois de retornar à Presidência, em janeiro.

Bolton, crítico de longa data do regime iraniano, era um falcão da segurança nacional e recebeu ameaças de morte vindas de Teerã.

Como parte da investigação sobre Bolton, agentes do FBI fizeram buscas em sua casa nos subúrbios de Maryland e em seu escritório em Washington, em agosto.

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