Parlatório

Eduardo Cunha é recebido com beijaço gay na Assembleia Legislativa de SP

Cerca de 50 manifestantes protestaram com um beijaço gay contra o presidente da Câmara, que é evangélico e já se manifestou contra a criminalização da homofobia. O grupo foi retirado à força pela PM

Manifestantes seguram faixas com pedidos por "Constituinte Já" e com os dizeres de corrupto, homofóbico e machista para Eduardo Cunha
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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi recebido por cerca de 50 manifestantes, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), com gritos de homofóbico, corrupto e machista nesta sexta-feira 27. Cunha se posicionou contrário a projetos pela criminalização da homofobia e a favor do aborto. O parlamentar também apoia a manutenção das doações de campanha feitas por empresas.

Durante a execução do Hino Nacional, na abertura da audiência pública que teria a participação de Eduardo Cunha, alguns manifestantes fizeram um beijaço gay em protesto contra o deputado evangélico. Ao tentar discursar, Cunha foi interrompido pelo grupo com o grito: “Machistas, fascistas, não passarão! Fora, Cunha!”.

Em meio ao tumulto, o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Fernando Capez (PSDB-SP), determinou a suspensão da sessão e o esvaziamento do Plenário por policiais militares. A sessão foi retomada dez minutos depois. Com Cunha fora do Plenário, os manifestantes puderam entrar novamente, discursar e debater com os parlamentares que permaneciam no local.

Na quarta-feira 25, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) concedeu a Cunha a Medalha Tiradentes, a maior comenda do Legislativo fluminense. O único partido que se posicionou contra a condecoração foi o PSOL.

Embora o protesto tenha sido contra sua intolerância à comunidade GLBT, Cunha afirmou que intolerante são os manifestantes que tentaram impedi-lo de falar no Plenário da Alesp: “O Parlamento pressupõe o debate, a interlocução, e o debate pressupõe falar e ouvir”.

Manifestantes Alesp Manifestantes são retirados pela Polícia Militar das galerias da Alesp

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