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Maduro ordena exercícios militares nas maiores comunidades da Venezuela

A mobilização é resposta a envio de navios dos Estados Unidos ao Caribe

Maduro ordena exercícios militares nas maiores comunidades da Venezuela
Maduro ordena exercícios militares nas maiores comunidades da Venezuela
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro – Foto: Federico Parra/AFP
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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou exercícios militares nas maiores comunidades do país nesta quarta-feira 15, em resposta ao envio de navios dos Estados Unidos ao Caribe, que seu governo denuncia como uma ameaça à paz regional.

Desde agosto, o governo do presidente Donald Trump envia navios de guerra ao Caribe para operações de combate ao tráfico de drogas, segundo Washington. O presidente dos EUA acusa Maduro de liderar redes de narcotráfico.

Maduro nega as acusações e afirma que elas são uma desculpa para justificar uma incursão na Venezuela, que enfrenta a “ameaça militar mais letal e extravagante da história”.

Na terça-feira, Trump informou que as forças militares de seu país destruíram outra lancha que transportava “seis narcoterroristas”.

Pelo menos cinco pequenas embarcações foram bombardeadas desde 2 de setembro, deixando 27 mortos. Caracas denuncia essas ações como “execuções extrajudiciais”.

“Vamos ativar toda a força militar de defesa integral, popular, militar e policial, ativadas e unidas”, disse Maduro em uma gravação de áudio no Telegram.

A televisão estatal mostrou imagens de veículos blindados mobilizados desde a madrugada em Petare, uma das maiores favelas da Venezuela, localizada perto de Caracas.

A mobilização desta quarta-feira abrange a capital e o estado vizinho de Miranda, onde vivem cerca de 7 milhões de pessoas.

Maduro afirmou que a mobilização busca “defender montanhas, costas, escolas, hospitais, fábricas, mercados” e comunidades “para continuar alcançando a paz”.

O ministro do Interior, Diosdado Cabello, disse que os ataques dos Estados Unidos “visam apenas roubar da Venezuela seus imensos recursos naturais”.

Cabello indicou que os exercícios de mobilização fazem parte de uma “ofensiva permanente” contra o “cerco” e a “agressão” dos Estados Unidos.

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