Parlatório
Com parlamentares investigados, PT e PSDB defendem Lava Jato
Em nota, PSDB se diz surpreso com inquérito contra o senador Antônio Anastasia. PT afirma que vai aplicar punições estatutárias aos parlamentares considerados culpados
Após a derrubada do sigilo dos inquéritos da Operação Lava Jato na sexta-feira 6, em decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), PT e PSDB publicaram notas oficiais defendendo a investigação do caso. Os dois partidos tiveram parlamentares incluídos nos 21 inquéritos abertos envolvendo 49 políticos. Parlamentares de PMDB, PP e PTB também aparecem na lista, mas as legendas não comentaram o caso em notas oficiais.
O PSDB saiu em defesa do senador Antônio Anastasia, presente na lista. O partido se disse “surpreso” com a inclusão do nome do ex-governador de Minas Gerais no inquérito, mas que tem “a convicção de que a sua inocência será evidenciada”. “Temos a mais absoluta certeza de que tudo será plenamente esclarecido”, afirmou o partido em nota assinada por Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, o senador Cassio Cunha Lima, líder tucano no Senado, e o deputado Carlos Sampaio, líder da legenda na Câmara.
Os tucanos afirmaram ser “imprescindível a análise dos fatos” e a adoção das “medidas necessárias em relação aos nomes divulgados”, incluindo procedimentos que recorram “aos Conselhos de Ética das duas casas do Congresso Nacional”.
O PT, em nota assinada por Rui Falcão, presidente nacional do partido, afirma apoiar integralmente “o prosseguimento das investigações” de forma “completa e rigorosa, sem favorecimentos ou parcialidade”. O partido defendeu o direito amplo de defesa aos investigados e apontou que em caso de comprovação da culpa “de qualquer filiado ao PT”, serão aplicadas as punições previstas no Estatuto.
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