Mundo
Aprovação do governo Lula atinge melhor nível no ano, mostra Quaest
Segundo pesquisa divulgada nesta quarta, desaprovação e aprovação estão empatadas


A recuperação da imagem do governo Lula nos últimos meses foi captada em mais uma pesquisa. Levantamento divulgado nesta quarta-feira 8 pela consultoria Quaest em parceria com a Genial Investimentos mostra que a aprovação do governo está em seu melhor cenário no ano.
Segundo a pesquisa, 48% dos eleitores aprovam o governo, contra 49% que dizem desaprovar. O cenário, portanto, é de empate. Em maio, antes do anúncio do tarifaço de Donald Trump, a desaprovação era de 57%, contra apenas 40% que aprovavam o governo.
O levantamento mostra bom cenário para Lula nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul.
Região mais ‘lulista’ do país, o Nordeste aprova largamente o governo, e esse índice vem subindo: a diferença entre aprovação e reprovação já é de 26 pontos percentuais. No Sudeste e no Sul, o índice de desaprovação ainda é superior. Entretanto, a diferença vem caindo nos últimos meses.
“Chama especial atenção a recuperação do governo entre o eleitorado feminino, público que foi fundamental para a vitória de Lula em 2022”, destacou o diretor da Quaest, Felipe Nunes. Pela primeira vez no ano, o percentual de mulheres que aprova o governo é superior ao de desaprovação.
Avaliação do governo
Os índices de avaliação também ilustram a recuperação da popularidade de Lula nos últimos meses. Embora o percentual de pessoas que avaliam negativamente ainda seja numericamente maior, há, pela primeira vez em 2025, um empate técnico com o percentual de aprovação: são 37% contra 33%, sendo que a margem de erro é de dois pontos. Para 27%, o governo é “regular”.
Para Felipe Nunes, um “acúmulo de vitórias políticas” explica a melhora nos números de aprovação e avaliação do governo. Entre os temas explorados está o encontro entre Lula e Trump na Assembleia-Geral da ONU, o discurso do presidente brasileiro no mesmo evento e a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais, medida aprovada por quase 80% da população.
Foram ouvidas 2.004 pessoas entre os dias 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
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