Economia

Haddad minimiza impacto de posição ideológica de secretário de Trump nas negociações sobre o tarifaço

Marco Rubio, um ferrenho apoiador das sanções contra autoridades brasileiras, foi escalado pelo presidente dos EUA para conduzir as conversas com o Brasil

Haddad minimiza impacto de posição ideológica de secretário de Trump nas negociações sobre o tarifaço
Haddad minimiza impacto de posição ideológica de secretário de Trump nas negociações sobre o tarifaço
Brasília (DF) 07/10/2025 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do programa 'Bom Dia, Ministro'. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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O ministro da Fazenda Fernando Haddad minimizou, nesta terça-feira 7, o impacto das posições ideológicas de Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, nas negociações com o Brasil sobre o tarifaço.

Rubio foi anunciado por Donald Trump como o representante dos EUA nas negociações que podem levar à queda ou à redução das tarifas de 40% sobre produtos brasileiros. Ele é conhecido por ser um ferrenho defensor das sanções contra autoridades do País.

“Independentemente de quem seja designado para negociar em nome do governo dos EUA, penso que a diplomacia brasileira, com os argumentos que tem, vai saber superar esse momento [o tarifaço], que foi um equivoco muito grande, com base em desinformação”, disse Haddad em entrevista ao programa ‘Bom dia, ministro’, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Para o ministro, a posição ideológica de Rubio não deve interferir nas conversas também por uma determinação de Trump, que teria sido expressada pelo próprio presidente dos EUA na conversa por videoconferência com o presidente Lula (PT), na segunda-feira 6. “Há a determinação dos dois presidentes de virar essa página”, afirmou o Haddad. “A conversa foi muito boa nessa direção [de superar as divergências]. Eu acredito que [essa determinação] vai distensionar e abrir espaço para uma conversa franca e produtiva”, completou.

Na entrevista à EBC, Haddad também listou os argumentos que pesam em favor do Brasil na negociação. Segundo explicou, a desinformação política que chegou a Trump começou a ser superada. Do lado econômico, os dados indicariam que os norte-americanos sentiram mais efeitos negativos do que positivos com o tarifaço sobre produtos brasileiros.

“[Esse tarifaço] passa muito por uma desinformação sobre como funcionam as instituições brasileiras. Penso que as informações estão chegando com mais veracidade para o governo americano e isso tudo vai assentando a poeira e abrindo caminho para uma coisa que vale a pena, produtiva e edificante”, destacou Haddad.

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