Itamaraty confirma libertação de brasileiros que estavam na flotilha para Gaza

Os 13 brasileiros e brasileiras que integravam a flotilha humanitária que tentava chegar a Gaza e estavam detidos por Israel foram libertos nesta terça-feira 7 e chegaram à Jordânia. Eles estavam sob poder dos israelenses desde a última semana.

Em nota oficial, o Itamaraty informou que o grupo foi conduzido por terra até a fronteira entre Israel e Jordânia. De lá, seguiriam até a capital jordaniana, Amã, em veículo disponibilizado pela Embaixada do Brasil no país.

A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) é uma das 13 pessoas libertadas nesta terça, conforme noticiou o Ministério das Relações Exteriores. Nas redes sociais, o perfil da parlamentar celebrou a notícia divulgada pelo Itamaraty. Entretanto, ela ainda não se manifestou formalmente.

Outro integrante da delegação brasileira que integrava a flotilha, o professor Nicolas Calabrese, foi liberto antes dos demais integrantes do País que estavam detidos e chegou na segunda-feira 6 ao aeroporto internacional do Galeão, na cidade do Rio. Apesar de viver no Brasil há mais de dez anos, ele tem nacionalidade italiana, e foi deportado por Israel junto aos outros cidadãos do país europeu que faziam parte da missão humanitária.

“A interceptação foi completamente violenta, com fuzis, soldados da marinha israelense abordando e entrando em nossos navios, apontando para a gente, com os rostos cobertos, encapuzados. Roubaram toda a ajuda humanitária”, denunciou Calabrese ao desembarcar no Rio.

A flotilha Global Sumud tinha mais de 40 embarcações, com cerca de 420 ativistas de diferentes nacionalidades. O grupo tentava chegar a Gaza para entrega de suprimentos e apoio aos palestinos em meio aos ataques israelenses.

“O Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio à Gaza, por constituir grave violação ao direito internacional humanitário”, destacou a nota do Itamaraty sobre a soltura dos brasileiros.