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Ciro Nogueira pede a Moraes autorização para visitar Bolsonaro

O ex-ministro se comprometeu a cumprir todas as regras impostas pelo Supremo

Ciro Nogueira pede a Moraes autorização para visitar Bolsonaro
Ciro Nogueira pede a Moraes autorização para visitar Bolsonaro
Foto: Marcos Corrêa/PR/Flickr
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O líder do PP, senador Ciro Nogueira (PI), pediu nesta segunda-feira 6 ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorização para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar, nesta semana.

O senador, que foi ministro da Casa Civil de Bolsonaro, já visitou o ex-presidente no primeiro dia de prisão domiciliar, no início de agosto. No requerimento pedindo a visita, o senador afirmou ter exercido o cargo de na Casa Civil e cita vínculo de “amizade pessoal de longa data”.

O ex-ministro ainda se comprometeu a cumprir todas as regras impostas por Moraes, como as inspeções em todos os veículos que saírem da residência do ex-presidente e a proibição de fotos.

Segundo o documento, Ciro quer visitar Bolsonaro nesta quarta-feira 8 ou na quinta-feira 9. O pedido acontece após o Cacique do PP citar em entrevista ao jornal O Globo os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Paraná, Ratinho Jr. (PSD), como os candidatos da direita à Presidência em 2026.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), não gostou das declarações e disse que o senador não é porta-voz do ex-presidente. “A ansiedade de Ciro Nogueira em se colocar como candidato a vice-presidente do governador Tarcísio é vergonhosa, é algo tão gritante que ele já se coloca como porta-voz do presidente Bolsonaro, o que ele não é”, escreveu Caiado na rede social X.

Mais tarde, Nogueira respondeu que o governador estaria “com o tempo livre” devido ao tamanho do comentário crítico. E concluiu: “Nosso adversário é Lula. Caiado, pode falar qualquer coisa: você está certo. Satisfeito?”

Com Bolsonaro fora do páreo para concorrer ao próximo pleito eleitoral, a direita enfrenta dificuldades para definir um nome. A indefinição tem gerado desgastes ao campo político, principal opositor do governo do presidente Lula (PT).

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