Do Micro Ao Macro

Dia das Crianças: vendas físicas caem e marketplaces dominam o varejo com Labubu e Bobbie Goods

Com recuo de 2,2% nas lojas físicas e avanço de 10,2% nas vendas online, marketplaces devem concentrar 94% das compras na data

Dia das Crianças: vendas físicas caem e marketplaces dominam o varejo com Labubu e Bobbie Goods
Dia das Crianças: vendas físicas caem e marketplaces dominam o varejo com Labubu e Bobbie Goods
Dia das Crianças: vendas físicas caem e marketplaces dominam o varejo com brinquedos e personagens da moda
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O Dia das Crianças, terceira data mais importante do varejo brasileiro, confirma a migração das compras para o ambiente digital.

Segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), as vendas online cresceram 10,2% na semana que antecedeu a data em 2024, enquanto o varejo físico recuou 2,2%.

De acordo com Rodrigo Garcia, diretor-executivo da Petina Soluções, a digitalização tornou a jornada de compra mais prática e diversificada.

“O consumidor brasileiro percebeu que a experiência digital é mais rápida e conveniente. Isso não se resume ao preço, mas ao formato de compra que os marketplaces proporcionam”, afirma.

O ICVA estima que o Dia das Crianças deve movimentar cerca de R$ 18 bilhões em 2025, sendo 94% das compras realizadas em canais digitais.

O modelo de marketplace se consolida por reunir múltiplos vendedores, oferecer promoções conjuntas e benefícios como frete grátis e cashback.

Por que os marketplaces ganham espaço

O avanço das plataformas digitais se explica por quatro fatores principais: preço competitivo, variedade de produtos, promoções integradas e logística eficiente.

Preço competitivo: A disputa entre vendedores gera descontos mais amplos que os praticados em lojas físicas. “A concorrência faz o lojista buscar eficiência em toda a cadeia, do estoque à negociação com fornecedores”, destaca Garcia.

Variedade de produtos: Os marketplaces oferecem desde brinquedos tradicionais até eletrônicos e roupas infantis. “O ambiente digital ampliou o acesso. Pequenos vendedores dividem espaço com grandes marcas e ganham visibilidade em datas sazonais”, diz o executivo.

Promoções integradas: Campanhas conjuntas entre plataformas e lojistas aumentam o apelo de desconto. “O consumidor já associa o Dia das Crianças e a Black Friday ao marketplace. Isso redefine o calendário do varejo e cria um senso de urgência”, analisa Garcia.

Logística eficiente: Modelos fulfillment reduzem prazos e custos de entrega. “Hoje o cliente compra online com a mesma confiança de quem retira o produto na prateleira. A logística virou diferencial de conveniência”, completa.

Tendências de consumo em 2025

Dados de Mercado Livre e Nubimetrics apontam os produtos mais procurados para este Dia das Crianças. Brinquedos eletrônicos, como laptops infantis e itens interativos, tiveram aumento de quase 120% nas vendas. Bonecas reborn e Baby Alive continuam entre as mais buscadas, ao lado de Barbie, Hot Wheels e LEGO.

Itens de menor valor, como jogos de cartas e massinhas de modelar, impulsionam o volume de pedidos. Pelúcias licenciadas, livros de colorir e personagens populares da internet, como Bobbie Goods e Labubu, seguem entre os destaques de 2025.

Estratégias para ampliar resultados

Para Rodrigo Garcia, o varejo físico precisa adotar novas estratégias para competir com o digital. Alinhar preços com marketplaces, criar kits promocionais e investir em experiência personalizada são caminhos para manter relevância.

O especialista recomenda que lojistas monitorem valores e ajustem margens em tempo real. Também sugere a oferta de combos que aumentam o ticket médio e demonstram curadoria.

“A personalização no e-commerce é um diferencial. O uso de dados permite oferecer produtos, ofertas e atendimento de forma contínua, fortalecendo a fidelização”, explica.

Garcia ainda destaca que marketplaces são acessíveis a pequenos lojistas. “Entrar nessas plataformas permite acesso a ferramentas de logística, pagamentos e promoção. É uma forma de competir em igualdade com grandes redes.”

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