Saúde

Mais de 2 mil ampolas de antídoto contra metanol são disponibilizadas em SP; outros 3 bares são interditados

O estado tem o maior volume de casos de intoxicação; principal suspeita é de que o metanol tenha sido usado para adulterar bebidas

Mais de 2 mil ampolas de antídoto contra metanol são disponibilizadas em SP; outros 3 bares são interditados
Mais de 2 mil ampolas de antídoto contra metanol são disponibilizadas em SP; outros 3 bares são interditados
Fiscalização do Procon visita bares e adegas em SP. Foto: Divulgação
Apoie Siga-nos no

O estado de São Paulo disponibiliza, a partir desta sexta-feira 3, 2 mil ampolas de álcool etílico absoluto para o tratamento de pacientes com intoxicação por metanol. Outras 500 unidades já estavam disponíveis no estoque do sistema de saúde do estado.

As novas ampolas serão distribuídas entre três hospitais: Hospital das Clínicas de Campinas, de Ribeirão Preto e de São Paulo.

De acordo com a nota técnica do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo, compartilhada com os 645 municípios e equipamentos de saúde, para a obtenção de ampolas de álcool etílico absoluto os serviços de saúde devem entrar em contato com os centros de referência com cópia da ficha de notificação do caso relacionado ao consumo de metanol.

Segundo o governo estadual, houve reforço na estrutura laboratorial para confirmar a presença da substância no organismo. O novo protocolo do estado prevê que as amostras de sangue ou urina coletadas em casos suspeitos sejam analisadas em até uma hora pelo Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (Latof), do Departamento de Química da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto.

Mais três bares fechados

O estado também informou ter interditado mais três bares por suspeita de venda de bebidas adulteradas. Um dos estabelecimentos fica em Osasco e os outros dois na capital, um na zona leste e outro na zona sul.

As três novas interdições se somam a outras seis feitas ao longo da semana. Ou seja, já são nove bares fechados por suspeitas de venda de bebidas falsificadas ou com metanol.

Segundo o governo paulista, na capital, uma adega localizada em M’Boi Mirim foi interditada totalmente após a constatação de diversas irregularidades em relação aos produtos que comercializa. O local também apresentava más condições de higiene, com a presença de roedores e baratas.

“A Vigilância Sanitária identificou produtos vencidos, incluindo cervejas e água de coco, carnes sem controle de temperatura e alimentos armazenados de forma inadequada. Além disso, foram encontradas caixas abertas, rotulagens incorretas e indícios de que algumas bebidas não tinham origem comprovada”, informou, em nota.

Canais de denúncia

Denúncias sobre possíveis irregularidades e suspeitas a respeito de bebidas adulteradas podem ser enviadas pelo Disque Denúncia 181 ou pelo site da Polícia Civil de São Paulo.

O Procon também recebe denúncias pelo Disk 151 e pelo site. O órgão de defesa do consumidor ganhou um atalho no site para as denúncias relacionadas aos casos.

Emergência médica

A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema gravidade. A substância, quando ingerida, é metabolizada no organismo em produtos tóxicos (como formaldeído e ácido fórmico), que podem levar à morte.

Os principais sintomas da intoxicação são: visão turva ou perda de visão (podendo chegar à cegueira) e mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais, sudorese).

Em caso de identificação dos sintomas, buscar imediatamente os serviços de emergência médica e contatar pelo menos uma das instituições a seguir:

  • Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001;
  • CIATox da sua cidade para orientação especializada (veja lista aqui);
  • Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 – de qualquer lugar do país;

É importante identificar e orientar possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, recomendando que procurem imediatamente um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequado. A demora no atendimento e na identificação da intoxicação aumenta a probabilidade do desfecho mais grave, com o óbito do paciente.

(com informações de Agência Brasil)

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo