Política
Senado aprova texto-base do 2º projeto de regulamentação da Reforma Tributária
A aprovação foi por 51 votos a 10, e uma abstenção


O Senado aprovou nesta terça-feira 30 o projeto de lei complementar que regula pontos da reforma tributária, especialmente o Comitê Gestor que vai administrar o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), permitindo a implementação de um período-teste já em 2026, conforme previsto em lei.
A aprovação foi por 51 votos a 10, e uma abstenção. O texto agora retorna à Câmara dos Deputados.
Além de tratar do comitê gestor do IBS, o projeto também fixa normas gerais para o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), para o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e para a Contribuição para o Custeio, a Expansão e a Melhoria do Serviço de Iluminação Pública e de Sistemas de Monitoramento para Segurança e Preservação de Logradouros Públicos (Cosimp).
A ideia do ano-teste de 2026 é que não haverá recolhimento dos novos tributos, mas as empresas terão de emitir documentos fiscais com informações que permitam calcular o valor que será cobrado a partir de 2027.
Ao iniciar a apresentação do relatório, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) chamou atenção para o expressivo número de emendas apresentadas ao projeto. Braga disse que, apenas na CCJ, o projeto recebeu mais de 200 emendas. Tendo recebido ainda mais de uma centena de emendas diretamente no plenário do Senado.
O senador apontou ainda que acolheu boa parte das emendas, mas que o espaço para negociação “se exauriu”. “Efetivamente chegamos a exaustão sobre a matéria. Agora, o que não deu entendimento que se resolva pelo voto. Os argumentos já foram todos discutidos, e exauridos”, afirmou.
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