Mundo
Trump define prazo para que Hamas responda sobre o plano de paz em Gaza
Segundo o presidente dos EUA, o movimento tem até quatro dias para definir sua posição sobre a proposta; resposta negativa levará a um ‘final triste’, alertou o norte-americano


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira 30 que dá ao Hamas “três ou quatro dias” para responder ao seu plano de paz para Gaza, que estipula o desarmamento completo dos militantes do movimento islamista e sua exclusão de um futuro papel no governo.
“Vamos dar a eles cerca de três ou quatro dias”, disse Trump aos jornalistas ao ser questionado sobre um prazo. “O Hamas aceitará ou não. E se não aceitarem, isso terá um final triste”, acrescentou.
O Hamas “pagará no inferno” se rejeitar o plano que Trump anunciou na segunda-feira com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, disse o presidente alguns minutos depois, durante um discurso para a cúpula militar de seu país.
“Temos quase todo o mundo a bordo”, assegurou Trump, em referência à reação positiva de países árabes e europeus à proposta de paz de 20 pontos.
“Espero que assinem para seu próprio bem”, acrescentou, em referência ao Hamas.
O movimento islamista palestino ainda não deu sinais sobre qual a sua visão sobre a proposta. Mais cedo nesta terça-feira, fontes do grupo confirmaram que a consulta a líderes políticos e militares já havia sido iniciada. Essas conversas definirão a posição do Hamas sobre o plano. O grupo não divulgou prazo para finalizar as negociações internas.
Israel, por sua vez, expressou não ter concordado integralmente com a proposta. Segundo Netanyahu, o trecho que trata da criação de um Estado palestino, por exemplo, não é apoiado pelo seu governo.
(com informações de AFP)
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Hamas inicia consultas internas sobre o plano de Trump para acabar com a guerra em Gaza
Por AFP
Trump apresenta plano de paz para Gaza que prevê liberação de reféns, anistia e EUA como ‘supervisor’
Por CartaCapital