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Netanyahu diz que não concordou com Estado palestino durante reunião com Trump

Um dos ministros do governo israelense chamou o plano proposto pelo presidente dos EUA de ‘um fracasso diplomático estrondoso’

Netanyahu diz que não concordou com Estado palestino durante reunião com Trump
Netanyahu diz que não concordou com Estado palestino durante reunião com Trump
Donald Trump e Benjamin Netanyahu em novo encontro na Casa Branca, nos EUA. Foto: Jim WATSON / AFP
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que não concordou com a criação de um Estado palestino em sua reunião de segunda-feira com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca.

“De jeito nenhum, e não está escrito no acordo. Uma coisa ficou clara: nos oporemos com veemência a um Estado palestino”, declarou Netanyahu em um vídeo publicado na madrugada de terça-feira em seu canal do Telegram.

O chefe de Governo de Israel também afirmou que o Exército de seu país permanecerá na maior parte de Gaza, depois de expressar apoio a um plano de paz para o território palestino apresentado pelo presidente americano.

“Nós vamos recuperar todos os nossos reféns, vivos e bem, enquanto (o Exército israelense) permanecerá na maior parte da Faixa de Gaza”, disse.

O ministro israelense das Finanças, o político de extrema-direita Bezalel Smotrich, afirmou que o plano do presidente dos Estados Unidos para acabar com a guerra em Gaza é “um fracasso diplomático estrondoso”.

O ministro publicou na rede social X que o plano de 20 pontos é uma “mistura intragável (…) desatualizada” e que representa “um retorno à concepção de Oslo, um fracasso histórico da oportunidade mais legítima do mundo para finalmente libertar-se das correntes de Oslo, um fracasso diplomático retumbante”.

O comentário fez referência ao Acordo de Oslo de 1993 entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina, com mediação da Noruega, que tentou alcançar a paz entre as duas partes com um reconhecimento mútuo, mas que não foi concretizado.

Smotrich acrescentou que o plano de Trump é “fechar os olhos e dar as costas às lições de 7 de outubro de 2023”, data do ataque violento do movimento islamista Hamas contra Israel, que desencadeou a guerra.

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