Mundo
Irã afirma que executou ‘um dos espiões mais importantes’ de Israel
Segundo as autoridades do país islâmico, Bahman Choubi Asl colaborou com a inteligência israelense após ter acesso a bancos de dados


O Irã anunciou nesta segunda-feira 29 que executou um homem descrito como “um dos espiões mais importantes” de Israel, condenado por acusações de trabalhar para o inimigo da República Islâmica.
Esta é a primeira vez que as autoridades iranianas mencionam o nome do homem executado, Bahman Choubi Asl, embora o Poder Judiciário ainda não tenha informado a data de sua detenção.
Irã e Israel travaram em junho uma guerra de 12 dias, provocada pelos bombardeios israelenses contra o território iraniano, direcionados principalmente contra áreas militares e nucleares.
O Irã respondeu com o lançamento de mísseis e drones contra Israel.
Após o fim das hostilidades, o Irã prometeu julgamentos rápidos contra pessoas suspeitas de colaborar com Israel.
Teerã anunciou diversas detenções por espionagem e a execução de várias pessoas declaradas culpadas de trabalhar com o Mossad, o serviço de inteligência externa israelense.
A Justiça iraniana informou nesta segunda-feira que Choubi Asl colaborou “estreitamente” com a inteligência israelense e teve “acesso privilegiado a bancos de dados vitais e soberanos” da República Islâmica.
Os ataques israelenses durante a guerra em junho mataram comandantes militares do Irã, cientistas do programa nuclear e centenas de pessoas, incluindo civis, segundo as autoridades.
No início de agosto, o Judiciário anunciou a abertura de uma investigação e que 20 pessoas foram detidas, acusadas de vínculos com Israel.
O Irã informou no mês passado que executou Roozbeh Vadi, um homem acusado de fornecer informações sobre um cientista nuclear assassinado durante a guerra.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.