Do Micro Ao Macro
Escolaridade de donos de pequenos negócios atinge patamar recorde no Brasil
Proporção de empreendedores com diploma universitário salta de 15% para 24% em menos de uma década, aponta levantamento do Sebrae
Por
Do Micro ao Macro
27.09.2025 15h00


A proporção de donos de negócios (empregadores + conta própria formais ou informais) com nível superior chegou a 24% no quarto trimestre de 2024, melhor resultado na série histórica, segundo o Atlas dos Pequenos Negócios, estudo que o Sebrae lançou na última quarta-feira (24). No mesmo período de 2015, esse índice era de 15%. O levantamento apontou ainda que 40% dos empresários possuíam nível médio e 29% fundamental.
Os donos de negócio empregadores são os que têm pelo menos um empregado. Os classificados como conta própria trabalham explorando o seu próprio empreendimento, sozinhos ou com sócio, sem ter empregado, e contando, ou não, com a ajuda de trabalhador familiar auxiliar.
O presidente do Sebrae, Décio Lima, avalia que o levantamento evidencia que há uma tendência clara de aumento da escolaridade. “Os esforços se concentram na capacitação dos empreendedores e empreendedoras. Isso significa garantir vida longa a cada sonho que sai do papel, que abre portas, que melhora a vida das pessoas. O papel do Sebrae é justamente apoiar esses negócios e transformar a realidade das pessoas que, em muitos casos, optam por empreender por oportunidade. Para isso, a educação empreendedora tem sido uma grande aliada”, afirma.
Ele acrescenta que o aumento do nível de escolaridade dos donos de negócio é um fator crucial para o desenvolvimento e a qualificação do ecossistema empreendedores no país. “O empreendedorismo está, definitivamente, consolidado na cultura dos brasileiros. E o Sebrae tem atuado com firmeza para apoiar os donos de pequenos negócios, para que continuem gerando emprego, inclusão e renda para o nosso país”, comenta Décio Lima.
O estudo mostra que, no período analisado, os estados com o maior número de empreendedores com nível superior foram o Distrito Federal (35%), São Paulo (33%) e Mato Grosso do Sul (29%). No outro extremo, Pará e Maranhão foram os que apresentam as menores proporções de empresários com nível superior (ambos com 10%).
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.