Política

Deputado do Centrão deve relatar o processo de cassação de Eduardo Bolsonaro

Delegado Marcelo Freitas (União-MG) foi o escolhido pelo presidente do Conselho de Ética da Câmara para analisar a representação do PT contra o parlamentar da extrema-direita

Deputado do Centrão deve relatar o processo de cassação de Eduardo Bolsonaro
Deputado do Centrão deve relatar o processo de cassação de Eduardo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro é alvo de pelo menos 4 pedidos de cassação na Câmara. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Fábio Schiochet (União-SC), anunciou nesta sexta-feira 26 que o deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG) será o relator do processo que pode resultar na cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A definição foi confirmada em entrevista à Rádio Eldorado.

O nome de Freitas foi escolhido entre os três sorteados para a função: além dele, também estavam na lista Duda Salabert (PDT-MG) e Paulo Lemos (PSOL-AP). A deputada Duda acabou descartada após declarar publicamente que já teria posição sobre o caso, o que foi interpretado como impedimento.

Ex-delegado da Polícia Federal, Marcelo Freitas tem perfil considerado discreto no Congresso. Ele relatou a reforma da Previdência no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro (PL), de quem apoiou a candidatura em 2018 e novamente em 2022, apesar de ter se afastado do núcleo bolsonarista durante o racha do PSL em 2019.

Delegado Marcelo Freitas será o relator do processo contra Eduardo Bolsonaro na Câmara. Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

A representação contra Eduardo Bolsonaro foi apresentada pela bancada do PT, que acusa o ainda congressista de ultrapassar os limites do mandato ao permanecer nos Estados Unidos desde fevereiro, onde teria articulado sanções contra autoridades brasileiras e feito ataques reiterados ao Supremo Tribunal Federal. O deputado acumula faltas não justificadas desde julho, quando terminou a licença de 120 dias que havia solicitado para permanecer no exterior.

O relator será responsável por conduzir a instrução do processo no Conselho de Ética. O parecer deve ser apresentado em até 40 dias, prorrogáveis por mais dez, e, após votação no colegiado, poderá seguir para decisão final do plenário da Câmara.

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