Educação

Adolescente de 14 anos é detido na França após esfaquear professora

O jovem é fascinado por armas e pelo nazismo, afirmou a promotora de Estrasburgo, Clarisse Taron

Adolescente de 14 anos é detido na França após esfaquear professora
Adolescente de 14 anos é detido na França após esfaquear professora
A ministra da Educação da França, Élisabeth Borne, vai à escola onde um adolescente esfaqueou uma professora, em 24 de setembro de 2025. Foto: Sebastien Bozon/AFP
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Um adolescente de 14 anos que nesta quarta-feira 24 feriu com uma faca uma professora em uma escola no nordeste da França está em estado grave depois de esfaquear a si mesmo no pescoço quando foi detido pela polícia.

Esse adolescente, fascinado por armas e pelo nazismo, “foi operado e sua vida está em perigo”, indicou a promotora de Estrasburgo, Clarisse Taron, em uma coletiva de imprensa.

A vítima, uma professora de música de 66 anos, foi ferida no rosto, mas sua vida não corre perigo. A professora permanece hospitalizada, especialmente “para assegurar seu acompanhamento psicológico”, prosseguiu a magistrada.

O adolescente, sem antecedentes judiciais e que não havia sido apontado como um aluno violento, a atacou enquanto ela entrava com outra turma em uma sala de aula no colégio Robert Schuman de Benfeld, localidade ao sul de Estrasburgo, próxima à fronteira com a Alemanha.

O jovem fugiu rapidamente, sem atacar outras pessoas. Os motivos de seu ato ainda são desconhecidos.

Várias escolas de ensino médio ou liceus na França registraram nos últimos meses ataques com facas. Em junho, um adolescente matou uma assistente educacional de 31 anos.

“Condeno firmemente a agressão”, escreveu na rede social X a ministra da Educação, Élisabeth Borne, que anunciou a ativação de uma unidade de atendimento psicológico para os alunos e o corpo docente.

As autoridades educacionais locais informaram que o agressor tinha uma “situação de fragilidade escolar”.

Os alunos da turma em que ocorreu a agressão foram confinados antes de serem levados a outro local do colégio.

O restante dos alunos foi transferido para uma instalação municipal dessa localidade de 6 mil habitantes, para que seus pais os buscassem.

“O alarme soou. Todo mundo pensava que era um alarme de incêndio”, contou à AFP Florine, de 14 anos.

“Mas quando saímos da sala para ir ao pátio, os professores nos dizem que não (…), que devemos ir para as salas, nos trancar, porque há alguém lá, e escutamos a professora gritar até a nossa sala”, recorda.

Outro estudante confessou estar “chocado”. “Também chorei antes”, acrescentou.

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