Festival Papo de Música discute a mediação do jornalismo cultural na arte

Com foco na reafirmação do papel do jornalista cultural como mediador do debate sobre a arte, o Festival Papo de Música realiza sua segunda edição entre esta quinta-feira 25 e o domingo 28, na Caixa Cultural São Paulo — Praça da Sé, 111, próximo à estação Sé do Metrô, no centro da capital paulista. Os ingressos são gratuitos, distribuídos uma hora antes do início de cada painel.

O evento reunirá jornalistas, profissionais do mercado e artistas para debaterem o ecossistema da música brasileira. Fabiane Pereira, idealizadora do festival, explica que a ideia é apresentar temas que não costumam fazer parte de acontecimentos do meio musical, mas são essenciais na cena artística.

O formato, de acordo com a curadora, cria as condições para discutir o jornalismo musical na mídia tradicional e nos meios digitais. 

“O evento também honra as raízes de nossa música”, afirma. A frase “toda música brasileira é afrobrasileira”, cunhada pelo maestro Letieres Leite, estimulou Fabiane na montagem de um debate em que reverencia seu legado. Já no painel Artista entrevista artista, músicos da nova geração e outros tarimbados se encontram para discutir temas atuais da música.

A programação inclui cinco painéis por dia, totalizando 20 atividades e envolvendo cerca de 80 profissionais.

No primeiro dia (quinta-feira 25), às 11h, o festival começa com o painel Como a comunicação propagada pelas mídias tradicionais ajudam a potencializar o alcance dos artistas na era do streaming?, mediado por Roberta Martinelli (Cultura Livre/TV Cultura), com a participação de Dedé Teicher (Multishow), Bruno Barros (Sem Censura/TV Brasil) e Marcela Maia (gravadora Biscoito Fino). 

No mesmo dia, às 12h10, Artista entrevista artista com Monica Salmaso e Ayrton Montarroyos. Destaque ainda para o painel das 16h50, Como o rap nacional foi conquistando espaço e tornou-se um dos gêneros mais ouvidos do momento?, mediado pelo jornalista Jairo Malta, com a participação dos rappers Bixarte, Stefanie e Don L.

No segundo dia (sexta-feira 26), às 11h, acontece o painel Como o jornalismo digital consegue se destacar sem cair nas armadilhas dos algoritmos?, mediado por Muka (Sem Censura/TV Brasil), com a participação da jornalista Foquinha, de Semayat (podcast Mano a Mano) e da jornalista Liv Brandão. 

Às 15h50, ocorrerá a Oficina de Criação & Composição, com a cantora e compositora Josyara, e às 16h50 haverá uma entrevista do DJ Zé Pedro com a cantora Tulipa Ruiz.

No terceiro dia (sábado 27), às 11h, tem o painel Toda música brasileira é afrobrasileira – uma homenagem ao legado de Letieres Leite, mediado por Miguel Arcanjo, com a participação dos músicos Evandro Fióti, Zé Manoel e Paula Lima. No mesmo dia, às 15h40, a jornalista Fabiane Pereira entrevista Johnny Hooker.

No quarto e último dia (domingo 28), às 12h, tem o painel Mídia e música: como a crítica, os podcasts e as redes sociais moldam a escuta, com mediação de Fabiana Ferraz (Rádio Cultura FM) e a participação de Gabriela Rassy (Toca UOL), Augusto Diniz (CartaCapital) e Isabela Yu (Noize).

Às 14h30, Artista entrevista artista com Ana Frango Elétrico e Sophia Chablau. Às 16h50, o encerramento ficará a cargo de Mahmundi, entre voz e sons eletrônicos.