Do Micro Ao Macro

Saiba quando o Simples Nacional deixa de ser vantajoso para pequenas empresas

Estudo mostra que parte das startups poderia pagar menos impostos no Lucro Real

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Simples Nacional: O caminho simplificado para o sucesso das Micro e Pequenas Empresas
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Um levantamento realizado pela Triven, empresa de backoffice para startups e PMEs, apontou que 57% das startups analisadas pagariam menos impostos se estivessem no regime de Lucro Real. O estudo envolveu sete empresas optantes pelo Simples Nacional, com faturamento médio de R$ 2,2 milhões ao ano e tempo médio de operação de três anos.

Criado para simplificar a arrecadação e reduzir a burocracia, o Simples Nacional é amplamente utilizado por micro e pequenas empresas brasileiras. No entanto, para startups de base tecnológica, que geralmente registram prejuízos nos primeiros anos e operam em ritmo de crescimento acelerado, a escolha pode não ser a mais adequada.

Planejamento tributário ainda é falho

Segundo Frederico Matias Bacic, CFO da Triven, “planejar a estrutura tributária de uma startup é uma das decisões mais críticas que um empreendedor pode tomar. O planejamento tributário é o processo de avaliar, de forma lícita e estratégica, o regime que melhor se adapta ao momento e à estrutura da empresa”.

A pesquisa revelou que o conhecimento médio dos fundadores sobre tributação foi de apenas 4,7 em uma escala de 0 a 10, indicando pouca preparação técnica para tomar essa decisão.

Quando rever a opção pelo Simples Nacional

De acordo com Bacic, a mudança pode ser considerada em situações específicas:

  • Acúmulo de prejuízos que poderiam ser compensados no Lucro Real;

  • Crescimento do faturamento sem aumento proporcional da lucratividade;

  • Custos e despesas elevados, que reduzem ou anulam o lucro.

A principal diferença está na forma de cálculo. Enquanto o Simples Nacional incide sobre o faturamento bruto, o Lucro Real tributa com base no resultado efetivo, permitindo compensar prejuízos acumulados.

Impacto no crescimento das startups

A falta de planejamento tributário pode levar a maior necessidade de captação de recursos e comprometer o crescimento de empresas em estágio inicial.

Segundo Bacic, a escolha correta do regime fiscal pode gerar economia importante no caixa. “É necessário que empresas em fase inicial realizem simulações e projeções antes de definir seu regime tributário, considerando não apenas a simplicidade operacional, mas principalmente o impacto financeiro de cada opção”, conclui.

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