Educação

Justiça barra projeto de Tarcísio que previa turmas de 550 alunos na EJA

O piloto anunciado pelo governo de São Paulo exigia apenas um encontro presencial por mês na modalidade

Justiça barra projeto de Tarcísio que previa turmas de 550 alunos na EJA
Justiça barra projeto de Tarcísio que previa turmas de 550 alunos na EJA
O governador Tarcísio de Freitas e o secretário de educação, Renato Feder. Créditos: Ciete Silvério/Governo do Estado de São Paulo
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A Justiça de São Paulo determinou a suspensão de um projeto-piloto anunciado pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) que previa um novo modelo de Ensino Médio na modalidade para jovens e adultos: híbrido, com apenas um encontro presencial por mês e turmas de até 550 alunos. Cabe recurso contra a liminar.

A decisão da juíza Larissa Kruger Vatzco, divulgada nesta quinta-feira 18, resultou de uma ação popular ajuizada pela deputada federal Luciene Cavalcante, pelo deputado estadual Carlos Giannazi e pelo vereador da capital Celso Giannazi, todos do PSOL.

Eles sustentam que a resolução da Secretaria de Educação viola os princípios de legalidade, moralidade e eficiência administrativa. Para o trio do PSOL, a obrigatoriedade de apenas um encontro mensal ofende as diretrizes nacionais da Educação de Jovens e Adultos, que prevê 50% da carga horária presencial.

Além disso, argumentam, as turmas de até 550 estudantes inviabilizam o acompanhamento pedagógico e violam os parâmetros pedagógicos para a modalidade.

“A manutenção da norma (…) permitirá a matrícula de milhares de estudantes em um modelo pedagógico sem a garantia de validação a posteriori de seus diplomas, além de, materialmente, poder impactar na formação educacional, aprofundando a evasão escolar e o comprometimento da aprendizagem”, anotou a magistrada, na decisão.

“Tal dano, uma vez consolidado, é de difícil e incerta reparação, justificando a imediata intervenção do Poder Judiciário para resguardar o direito à educação em consonância com a previsão da norma federal.”

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