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Cartas Capitais
A democracia ganha uma O Supremo deu um exemplo de justiça para o Brasil e para o mundo. Todos os réus da trama golpista tiveram resguardados os direitos à ampla defesa e ao devido processo legal. Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin […]


A democracia ganha uma
O Supremo deu um exemplo de justiça para o Brasil e para o mundo. Todos os réus da trama golpista tiveram resguardados os direitos à ampla defesa e ao devido processo legal. Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin promoveram uma espécie de acerto de contas com o nosso passado, marcado pela impunidade de quem atenta contra a democracia. Quanto ao ministro Luiz Fux, portou-se como um verdadeiro advogado de Jair Bolsonaro e dos demais réus. Perdeu-se em contradições e em uma espantosa teratologia jurídica, condenando apenas o delator Mauro Cid e o general Braga Netto. Felizmente, ficou isolado. Bravos ministros da Primeira Turma do STF! Vocês souberam defender a Constituição e representar dignamente o povo brasileiro.
Paulo Sérgio Cordeiro Santos
É incompreensível que alguns políticos defendam anistia para Bolsonaro e outros golpistas. No caso do ex-presidente, ele teve muita sorte por não ter sido condenado pelo descaso, negacionismo e atraso na compra de vacinas durante a pandemia de Covid–19. A história comprova: anistiar golpistas fragiliza a democracia e a torna mais vulnerável a novos ataques.
Daniel Marques
O céu é o limite
São Paulo paga caro por ser a maior, a mais rica e a mais influente cidade do País. Encontra-se hoje reduzida a um grande trampolim político, que catapulta indivíduos pouco relevantes à fama e a cargos-chave da política nacional – o que explica a triste profusão de gestões municipais tão medíocres e descompromissadas nas últimas décadas. Nesse mesmo jogo, em perversa consonância, atuam também os grandes poderes econômicos, que financiam campanhas eleitorais e condicionam gestões administrativas, garantindo, assim, o salvo-conduto necessário para moldar o espaço urbano conforme seus próprios interesses, e da maneira que melhor lhes aprouver.
Santiago Artur Wessner
Veias abertas
As operações da Norte Energia são conduzidas em estrito cumprimento à legislação, com rigor técnico
e excelência ambiental. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico demonstram que a Usina Hidrelétrica de Belo Monte não promove a seca no Xingu. O rio possui grande variação natural de vazões ao longo do ano. Em seus períodos de cheia, pode atingir valores acima de 20.000 m³/s mensais, e chegar abaixo de 700 m³/s nos períodos de seca. A menor vazão já registrada foi de 380 m³/s, em 1969, décadas antes da construção da usina. Sobre os impactos ambientais, a Norte Energia esclarece que eles foram previstos e, a partir disso, diversas medidas de mitigação e compensação foram estabelecidas, totalizando um investimento de 8 bilhões de reais. É importante deixar claro que nenhuma Terra Indígena foi alagada e que nenhuma comunidade precisou deixar seu local de origem. Para os indígenas, foram destinados, até o momento, 1,3 bilhão de reais em investimentos socioambientais.
Paulo Roberto Ribeiro Pinto, diretor-presidente da Norte Energia
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