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Bolsonaro recebe alta, mas tem diagnóstico de câncer de pele inicial
O ex-presidente deixou o hospital em Brasília após melhora clínica. Exame revelou carcinoma de células escamosas ‘in situ’ em duas das oito lesões removidas


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta nesta quarta-feira 17, após internação no Hospital DF Star em Brasília. Ele havia sido admitido na tarde da terça-feira 16 com quadro de vômitos, tontura, queda de pressão arterial e pré-síncope. Segundo os médicos, houve melhora clínica e da função renal após hidratação e medicação endovenosa.
O boletim, assinado pelos médicos Cláudio Birolini, Leandro Echenique, Guilherme Meyer e Allisson Barcelos Borges, trouxe a informação de que o “laudo anátomo-patológico das lesões cutâneas retiradas no domingo 14 revelou a presença de carcinoma de células escamosas ‘in situ’ em duas das oito amostras analisadas”. Esse tipo de carcinoma é um câncer de pele que, apesar de identificado em estágio inicial, exige acompanhamento clínico e reavaliações periódicas para evitar evolução da doença.
“Duas das lesões vieram positivas para o carcinoma de células escamosas, que não é nem o mais bonzinho e nem o mais agressivo, mas, ainda assim, é um câncer de pele”, explicou o cirurgião Cláudio Birolini. Segundo ele, as lesões – localizadas no tórax e em um dos braços – são consideradas precoces e demandam apenas avaliação periódica.
Ainda de acordo com Birolini, não há necessidade de tratamento adicional neste momento: “O que ele vai ter que fazer é ser avaliado periodicamente para ver se outras lesões apresentam suspeitas. Com relação a essas lesões, elas foram retiradas, mas pela característica da pele dele, por ter tomado sol sem proteção, é caso de avaliação periódica. Não é caso de nenhum tratamento coadjuvante agora.”
Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar desde agosto, foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Ele continuará sob cuidados médicos mesmo após deixar o hospital.
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