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Governo britânico denuncia ‘linguagem incendiária’ de Musk em protesto em Londres

O bilionário incentivou o ato de extrema-direita do último sábado e falou em dissolução do Parlamento e derrubada do governo de Keir Starmer

Governo britânico denuncia ‘linguagem incendiária’ de Musk em protesto em Londres
Governo britânico denuncia ‘linguagem incendiária’ de Musk em protesto em Londres
Manifestantes de extrema-direita carregam boneco com o rosto do primeiro-ministro Keir Starmer durante ato de em Londres – Foto: Carlos Jasso/AFP
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O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, por meio de seu porta-voz, condenou nesta segunda-feira 15 a “linguagem incendiária” usada pelo bilionário Elon Musk durante a manifestação de extrema-direita que atraiu cerca de 150 mil pessoas em Londres no sábado.

Musk, dono do X, discursou na marcha por videoconferência e pediu a dissolução do Parlamento britânico e a substituição do governo trabalhista.

“Quer vocês escolham a violência ou não, a violência virá até vocês. Ou se defendem ou morrem”, declarou Musk durante esta manifestação de escala sem precedentes no Reino Unido.

O porta-voz de Starmer disse nesta segunda-feira que “a linguagem é claramente perigosa e incendiária. Ela ameaça com violência. Ela ameaça com intimidação em nossas ruas”.

A marcha foi convocada pelo ativista de extrema-direita Tommy Robinson, de 42 anos, fundador da antiga Liga de Defesa Inglesa, que foi condenado diversas vezes, principalmente por perturbar a paz.

Segundo a polícia, 150 mil pessoas compareceram à marcha, que desfilou pelo centro de Londres com bandeiras britânicas e inglesas. Alguns participantes carregavam faixas exigindo o fim da chegada de imigrantes sem documentos em pequenas embarcações que cruzam o Canal da Mancha, que separa a França da Inglaterra.

Várias figuras de extrema-direita, incluindo Steve Bannon, ex-assessor do presidente dos EUA Donald Trump, juntaram-se ao protesto, disseram os organizadores.

A manifestação resultou na prisão de 24 pessoas, segundo a polícia de Londres, cujos agentes enfrentaram “uma violência inaceitável” que deixou 26 membros da força de segurança feridos.

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