CartaExpressa
Datafolha: 50% defendem prisão de Bolsonaro; 43% são contra
O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022
A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo Supremo Tribunal Federal, é defendida por 50% dos brasileiros. Outros 43% são contra a medida, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado 13.
Entre os entusiastas pela prisão do ex-capitão se destacam os nordestinos, sendo 62% favoráveis à medida; as pessoas jovens, com idades entre 16 a 24 anos, e os católicos, também registraram índice de 56% de aprovação à prisão de Bolsonaro.
A pesquisa, que ouviu eleitores dias antes da condenação, ainda aferiu que 50% dos entrevistados acreditavam que o ex-capitão iria para a cadeia; 40% refutavam a possibilidade.
Bolsonaro foi condenado, na quinta-feira 11, a 27 anos e 3 meses de prisão, com início em regime fechado, por participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O ex-presidente também foi condenado a 124 dias multa, no valor de dois salários mínimos o dia. A condenação também recaiu sobre outros sete integrantes do chamado núcleo crucial da trama golpista: Mauro Cid, Walter Braga Netto, Anderson Torres, Almir Garnier, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Alexandre Ramagem.
A pesquisa Datafolha ouviu 2005 eleitores, de 113 cidades, entre a segunda-feira 8 e a terça-feira 9. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
A aposta de Valdemar Costa Neto em uma anistia a Bolsonaro: ‘Ainda pode ser candidato’
Por CartaCapital
Quando Bolsonaro será preso? Entenda os próximos passos do processo após a condenação
Por CartaCapital
Além de Bolsonaro: saiba as penas impostas pelo STF aos outros condenados pela trama golpista
Por Vinícius Nunes