Economia

EUA faz novo recuo e retira celulose e ferro-níquel brasileiros da lista de produtos tarifados

Em 2024, Brasil exportou quase US$ 1,84 bilhão desse grupo de produtos

EUA faz novo recuo e retira celulose e ferro-níquel brasileiros da lista de produtos tarifados
EUA faz novo recuo e retira celulose e ferro-níquel brasileiros da lista de produtos tarifados
O presidente dos EUA, Donald Trump. Foto: Mandel Ngan/AFP
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O governo dos Estados Unidos decidiu voltar atrás e retirar as tarifas adicionaisd a maior parte das exportações brasileiras aos EUA de celulose e de ferro-níquel. Na prática, nesses produtos não incidirão nem a alíquota de 10%, anunciada em abril, nem a sobretaxa de 40%, aplicada em 30 de julho.

Segundo um comunicado desta quinta-feira 11 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 1,84 bilhão desse grupo de produtos aos EUA. Isso representa 4,6% do total exportado para aquele País, com destaque para celulose, em particular pastas químicas de madeira não conífera e pastas químicas de madeira conífera, no valor de US$ 1,55 bilhão.

A Ordem Executiva nº 14.346 foi divulgada pelo governo dos Estados Unidos no último dia 5. “O governo segue empenhado em diminuir a incidência de tarifas dos EUA sobre os produtos brasileiros. A mais recente ordem executiva dos EUA representa um avanço sobretudo para o setor de celulose do Brasil. Mas ainda há muito a ser feito e seguimos trabalhando para isso”, afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Dados do ministério, do último dia 11, mostram que, do total de exportações brasileiras aos Estados Unidos, que soma US$ 40 bilhões, 34,9% (US$ 14,1 bilhões) estão sujeitas às tarifas adicionais de 10% e 40% (totalizando 50%); 16,7% (US$ 6,8 bilhões), a 10%; 25,1% (US$ 10,1 bilhões) estão livres de tarifas adicionais; e 23,3% ou US$ 9,4 bilhões, sujeitas a tarifas específicas, aplicadas a todos os países.

O novo recuo se soma as mais de 700 exceções ao tarifaço imposto pelos EUA. Atualmente, a sobretaxa já não se aplica a diversos itens, como certos alimentos, produtos de energia e aviação civil, entre outros.

(Com informações da Agência Brasil).

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