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O que se sabe sobre o suspeito de assassinar Charlie Kirk

Tyler Robinson, de 22 anos, está sob custódia. Ele foi preso em St. George, Utah

O que se sabe sobre o suspeito de assassinar Charlie Kirk
O que se sabe sobre o suspeito de assassinar Charlie Kirk
O FBI divulgou imagens do principal suspeito pelo atentado ao ativista da extrema-direita Charlie Kirk, em Utah, no EUA. O homem, que seria o atirador, ainda não foi localizado. Foto: HANDOUT / FBI / AFP
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As autoridades dos Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira 12, a detenção da pessoa que acreditam ter baleado e matado Charlie Kirk, um ativista de direita e aliado próximo do presidente Donald Trump.

Confira o que se sabe até agora:

O suspeito

As autoridades têm como suspeito Tyler Robinson, de 22 anos, que está sob custódia. Ele foi preso em St. George, Utah, a cerca de 250 quilômetros da cidade de Orem, onde Kirk foi assassinado com um tiro enquanto falava para uma multidão na Universidade de Utah Valley na quarta-feira.

As forças de segurança disseram que sua família ajudou a entregá-lo depois que ele insinuou ter sido o autor do ataque contra Kirk.

O ataque

Kirk, líder do maior movimento jovem conservador do país, que fundou em 2012 aos 18 anos, falava por volta do meio-dia de quarta-feira quando um disparo foi ouvido.

O homem de 31 anos caiu com uma ferida no pescoço, segundo um vídeo gravado de perto do palco. Pouco depois, Trump anunciou que ele havia morrido.

As autoridades afirmam que o agressor usou um rifle de alta potência e atirou do telhado de um edifício a uma distância de até 185 metros do alvo. Disseram que o assassino estava deitado de bruços, posição que pode aumentar a precisão.

O motivo

Kirk era um herói para a direita e ajudou Trump a construir um grande eleitorado jovem para sua vitória nas últimas eleições presidenciais.

Também era uma figura altamente divisiva, já que defendia posições radicais sobre raça, gênero e o porte de armas.

No entanto, mesmo muitos de seus críticos frequentemente elogiavam a disposição de Kirk para debater.

Ele estava em uma turnê fazendo palestras quando visitou a universidade em Utah.

As autoridades ainda não sabem os motivos do ataque. O suposto atirador não era estudante da universidade.

As pistas podem estar nas inscrições encontradas nos cartuchos de bala na cena do crime. Lia-se em um deles: “Ei, fascista, pegue isso!”, disse o governador de Utah, Spencer Cox. Outro dizia “Bella ciao”, aparentemente uma referência à canção antifascista italiana da época da Segunda Guerra Mundial.

Outros cartuchos estavam marcados com símbolos e palavras que pareciam vir da cultura dos videogames.

Os Estados Unidos têm registrado ataques a tiros e atentados por motivações políticas repetidamente na última década, incluindo duas tentativas de assassinato contra Trump durante a campanha eleitoral de 2024.

O país também tem um longo histórico de violência política.

Os massacres a tiros, tipicamente cometidos por jovens com transtornos, também são comuns, e armas de fogo potentes são facilmente acessíveis.

A reação política

Políticos de todo o espectro rapidamente condenaram o assassinato, muitos instando os americanos a tentarem superar as crescentes divisões.

A primeira reação de Trump na quarta-feira foi culpar “a esquerda radical”.

Mas ele moderou sua retórica nesta quinta-feira e disse que Kirk havia sido “um defensor da não violência”. “É assim que eu gostaria que as pessoas reagissem”, apontou.

Kirk é tratado como um herói nacional pelo governo Trump, que lhe concederá postumamente a maior honra civil dos Estados Unidos, a Medalha da Liberdade.

O presidente republicano também assegurou aos jornalistas que comparecerá ao funeral do ativista.

O caixão de Kirk foi transportado para sua cidade natal de Phoenix no avião oficial do vice-presidente JD Vance.

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