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Trump anuncia a prisão do suspeito de ter assassinado o ativista conservador Charlie Kirk

O presidente disse que uma pessoa ‘muito próxima’ ao atirador o entregou

Trump anuncia a prisão do suspeito de ter assassinado o ativista conservador Charlie Kirk
Trump anuncia a prisão do suspeito de ter assassinado o ativista conservador Charlie Kirk
O FBI divulgou imagens do principal suspeito pelo atentado ao ativista da extrema-direita Charlie Kirk, em Utah, no EUA. O homem, que seria o atirador, ainda não foi localizado. Foto: HANDOUT / FBI / AFP
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira 12 que o suspeito de ter matado o ativista conservador Charlie Kirk foi preso, após uma intensa busca. “Alguém muito próximo a ele o entregou”, disse Trump em uma entrevista ao vivo à Fox News.

Segundo o presidente, o suposto assassino foi convencido por “um homem de fé” e acabou se entregando às forças de ordem. “Foi conduzido a uma delegacia, onde está neste momento”, acrescentou. “Estamos com a pessoa que acreditamos estar procurando”, prosseguiu.

Kirk, um influenciador republicano de 31 anos, aliado de Trump, morreu na quarta-feira 10 após ser baleado enquanto falava em um evento na Utah Valley University, na pequena localidade de Orem.

O FBI e forças policiais anunciaram uma coletiva de imprensa ainda nesta manhã. Quase 20 agências federais, estaduais e locais trabalharam no caso, entrevistaram mais de 200 pessoas e coletaram mais de 7 mil pistas.

A arma supostamente utilizada no ataque foi localizada em uma área arborizada que se acredita ter sido a rota de fuga do suspeito.

O FBI divulgou imagens de um homem considerado “o potencial atirador” na quinta-feira e anunciou uma recompensa de 100 mil dólares (538 mil reais). As imagens mostravam um homem com boné, óculos escuros, tênis e uma camisa preta com uma estampa que parece ser a bandeira americana.

Mais tarde, as autoridades divulgaram um vídeo em que aparece correndo em um telhado e depois saltando para o chão, antes de seguir em direção a uma área vizinha.

‘Contra a violência’

Kirk foi atingido por um tiro no pescoço quando debatia com estudantes no campus, no início da campanha “Mostrem que estou errado”.

Fundador de uma organização dedicada à juventude, Turning Point, Kirk foi fundamental na última campanha eleitoral republicana, mas seu ativismo começou anos antes, frequentando universidades e escolas para debater e tentar convencer os jovens de sua crença de direita, nacionalista e cristã.

O ativista da extrema-direita Charlie Kirk palestra em Utah, nos EUA, pouco antes de ser baleado. Foto: Amy KING / UGC / AFP

Trump inicialmente responsabilizou a esquerda, mas na quinta-feira foi mais comedido. “Ele defendia a não violência. É dessa maneira que quero que as pessoas respondam”, disse o presidente sobre o assassinato de Kirk.

Quando um jornalista perguntou sobre os possíveis motivos do crime, Trump limitou-se a responder: “Tenho uma pista, sim, mas contarei mais tarde”.

O corpo de Kirk foi levado na quinta-feira para Phoenix, Arizona, no avião do vice-presidente JD Vance, que ajudou a carregar o caixão. A viúva, Erika Kirk, também estava a bordo da aeronave.

‘Mudou o clima político’

O crime foi condenado por ambos os lados do espectro político, em uma rara demonstração de consenso na extremamente polarizada opinião pública americana. No entanto, teorias conspiratórias e mensagens confrontadoras proliferam nas redes sociais.

Kirk foi assassinado justamente enquanto respondia à pergunta de um jovem sobre ataques a tiros nos Estados Unidos. Trump foi quem anunciou oficialmente a morte do influenciador, a quem concederá a Medalha Presidencial da Liberdade, a principal honraria civil dos Estados Unidos.

Pai de dois filhos e defensor apaixonado, Kirk tinha uma imensa audiência nas redes sociais.

“Ele realmente mudou o clima político nos campi americanos, levando os jovens a considerarem as ideias conservadoras de maneira diferente”, disse Dave Sanchez, que participava do evento de quarta-feira.

Muitas vigílias e orações foram realizadas em universidades e praças por todo território dos Estados Unidos.

O crime chocou o país, que registrou um aumento da violência política nos últimos anos. Trump foi vítima de duas tentativas de assassinato durante a campanha eleitoral de 2024.

Este ano, a congressista democrata Melissa Hortman e seu marido foram assassinados, e a casa do governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, foi incendiada.

Em 2022, um homem viajou da Califórnia até a residência de um dos juízes conservadores da Suprema Corte nomeados por Trump, Brett Kavanaugh, com a intenção de assassiná-lo. Ele se entregou depois à polícia.

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