Política

Múcio evita contestar anistia e pede ‘fraternidade’

Após encontro com Lula e chefes militares, o ministro da Defesa afirmou não conhecer o projeto de perdão a golpistas

Múcio evita contestar anistia e pede ‘fraternidade’
Múcio evita contestar anistia e pede ‘fraternidade’
o Ministro da Defesa, José Múcio, comandantes da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, do Exército, general Tomás Paiva, e da Aeronáutica., tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno.Foto Lula Marques/ Agência Brasil
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O ministro da Defesa, José Múcio, evitou comentar a discussão em torno da anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, em andamento no Congresso Nacional.

“Não conheço o projeto”, disse Múcio a jornalistas. “Acho que essa queda de braço não favorece o País. Precisamos reconstruir a fraternidade.”

Ele declarou também que tem “evitado conversar sobre isso neste momento”. O ministro se pronunciou após um almoço com o presidente Lula (PT) e os três comandantes das Forças Armadas, no Palácio do Alvorada.

O ministro ainda disse que a caserna respeitará a decisão do STF no julgamento da tentativa de golpe. “O lema das Forças é respeitar a decisão da Justiça. Esse assunto é um problema da Justiça e da política. As Forças Armadas são uma coisa diferente, servem ao País. Então, somos conscientes de que tínhamos que passar por isso tudo. Estamos serenos e aguardando o veredicto.”

No encontro desta sexta, segundo ele, discutiu-se o planejamento do desfile de 7 de Setembro. O comandante do Exército, general Tomás Paiva, estimou que 9.500 pessoas estão envolvidas na cerimônia.

Múcio também comentou a tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela, em meio ao receio de um conflito militar. “É como uma briga de vizinho. Eu não quero que eles mexam no meu muro e não troquem a fiação que acende a frente da minha casa. Torcemos para que passe. Evidentemente, eles devem ter os seus motivos.”

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