Política

Eduardo Leite diz ser contra anistia a Bolsonaro e envolvidos no 8 de Janeiro: ‘ruim para o País’

As discussões sobre o perdão aos golpistas ocorrem desde o início do ano, mas se intensificaram após a articulação liderada pelo governador Tarcísio de Freitas

Eduardo Leite diz ser contra anistia a Bolsonaro e envolvidos no 8 de Janeiro: ‘ruim para o País’
Eduardo Leite diz ser contra anistia a Bolsonaro e envolvidos no 8 de Janeiro: ‘ruim para o País’
O governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB). Foto: Itamar Aguiar/ Palácio Piratini
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Na contramão dos presidenciáveis de direita que buscam disputar as eleições em 2026, o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSD) afirmou ser contra conceder anistia irrestrita a condenados por envolvimento em atos golpistas.

“É legítimo ao Congresso discutir. É uma figura que está, da anistia, presente na nossa legislação. Discutível, do ponto de vista técnico-jurídico, se ela se aplica num caso de tentativa de golpe de Estado. Só não acho saudável que se discuta nesse momento“, explicou o pessedista em entrevista à Rádio Gaúcha nesta quarta-feira 3.

As discussões sobre o perdão aos golpistas ocorrem desde o início do ano, mas se intensificaram após a articulação liderada pelo governador Tarcísio de Freitas (São Paulo), que tenta se cacifar para concorrer ao Palácio do Planalto com as bençãos de Jair Bolsonaro. A pressão para pautar o texto coincide com o início do julgamento contra o ex-presidente pela articulação para anular a vitória de Lula (PT) e manter-se no poder.

Para o chefe do Executivo gaúcho, antes de existir qualquer debate sobre o tema é preciso aguardar a sentença que virá da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. “Sou contra a anistia. Tenho muita convergência com o governador Tarcísio em visão do tamanho do Estado, em reformas, parcerias com a iniciativa privada. Mas divirjo nesse ponto. Acho um erro, ruim para o País, o tema da anistia“, pontuou o governador.

Leite disse não ser saudável tratar do perdão aos golpista considerando-se que as provas reunidas pela investigação da Polícia Federal apontam para “uma sequência de atos que prepararam uma descredibilização das eleições”, a exemplo do plano Punhal Verde e Amarelo, que previa capturar e assassinar Lula, Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

O julgamento da ação contra o núcleo crucial do golpe foi interrompida na quarta-feira, após as sustentações orais dos advogados das partes. O julgamento será retomado na semana que vem, com o voto de Moraes, que é relator do caso.

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