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Kennedy coloca os americanos em perigo, alertam ex-diretores da agência de saúde

O secretário da Saúde — antivacina — entrou na mira após a demissão da diretora dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças

Kennedy coloca os americanos em perigo, alertam ex-diretores da agência de saúde
Kennedy coloca os americanos em perigo, alertam ex-diretores da agência de saúde
Donald Trump e Robert F. Kennedy Jr., responsável pelo Departamento de Saúde dos EUA. Foto: Wikimedia Commons
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Nove ex-diretores da principal agência de saúde dos Estados Unidos alertaram, nesta segunda-feira 1º, sobre o desmantelamento do organismo por parte da administração de Donald Trump e advertiram que o ministro antivacinas Robert F. Kennedy Jr está “colocando em perigo a saúde de todos os americanos”.

A contundente coluna publicada no jornal The New York Times é o mais recente de uma série de ataques contra o secretário da Saúde depois que a diretora dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) foi recentemente demitida por Trump após poucas semanas no cargo.

Susan Monarez foi demitida na semana passada após confrontar RFK Jr e se negar a se comprometer a apoiar suas mudanças nas políticas de vacinação.

A destituição provocou a demissão de pelo menos quatro funcionários de alto escalão e mergulhou a agência em um caos ainda maior.

“Dirigimos o CDC: Kennedy está colocando em perigo a saúde de todos os americanos”, alertou o artigo de opinião escrito por nove ex-diretores da agência historicamente independente que serviram a todos os presidentes, democratas ou republicanos, desde Jimmy Carter até Trump.

O que Kennedy “fez ao CDC e ao sistema de saúde pública do país – culminando em sua decisão de demitir a Dra. Susan Monarez como diretora (…) – é algo que nunca vimos na agência, e algo que nosso país nunca experimentou”, escreveram os especialistas.

Eles mencionaram que Kennedy demitiu milhares de trabalhadores federais de saúde; enfraqueceu programas destinados a proteger os americanos contra o câncer, ataques cardíacos e mais; e durante o maior surto de sarampo em décadas, se concentrou em “tratamentos não comprovados enquanto minimizava as vacinas”.

Também defendeu uma legislação federal que prevê deixar milhares de pessoas sem seguro de saúde, disseram.

“Isso é inaceitável e deveria alarmar todos os americanos, independentemente de suas inclinações políticas”, enfatizaram os especialistas, incluindo a doutora Anne Schuchat, que atuou como diretora interina do CDC no primeiro mandato de Trump.

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