Cultura

ABL lamenta morte do escritor Luis Fernando Verissimo

Cronista gaúcho morreu na madrugada deste sábado em Porto Alegre

ABL lamenta morte do escritor Luis Fernando Verissimo
ABL lamenta morte do escritor Luis Fernando Verissimo
O cronista Luis Fernando Verissimo. Foto: Lindomar Cruz/Agência Brasil
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A Academia Brasileira de Letras (ABL) divulgou nota de pesar pela morte do escritor gaúcho Luis Fernando Verissimo, que ocorreu na madrugada deste sábado 30 em Porto Alegre, após complicações causadas por um caso grave de pneumonia.

A ABL lembrou a trajetória de Luis Fernando, filho do também escritor Erico Verissimo, que nasceu em Porto Alegre e passou parte da infância e da adolescência nos Estados Unidos.

“De volta ao Brasil, atuou em publicidade, antes de entrar para o jornalismo. No jornal Zero Hora, sua coluna se consolidou como referência. Também foi colunista dos jornais O Estado de S.Paulo e O Globo. Ao longo de sua carreira, publicou mais de 60 livros — entre crônicas, contos, romances, literatura infantil e sátiras políticas — com amplo reconhecimento popular e traduções para diversos idiomas. Obras como O Analista de Bagé, Comédias da Vida Privada e As Mentiras que os Homens Contam o tornaram um dos autores mais queridos e bem-sucedidos do país”.

Luis Fernando foi ainda cartunista, roteirista e apaixonado por jazz, tendo integrado o grupo Jazz 6 como saxofonista.

“A Academia Brasileira de Letras expressa sua solidariedade à esposa, Lúcia, aos filhos, Fernanda, Mariana e Pedro, aos netos, amigos e leitores. Verissimo nos ensinou a imaginar uma vida mais leve”, destacou a entidade.

O poeta e escritor Marco Lucchesi, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, afirmou em depoimento que Verissimo foi um companheiro de muitas gerações de brasileiros. “Todos nós nos acostumamos a ler em suas página um sentimento de beleza, ironia, hiperfina, hipercrítica. Foi um grande poeta da prosa”, descreveu.

“Verissimo era de grande leveza, sem ser superficial. Extremamente ágil, sem perder o tempo necessário da ironia. Era, de fato, um homem apaixonado pelo Brasil e esperava que todos nós fôssemos capazes de superar as contradições do país, para um discurso de fraternidade e igualdade”, acrescentou Lucchesi.

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