Economia
Brasil e México assinam acordos de biocombustíveis e competitividade
Comitiva liderada por Alckmin está no país para tentar buscar mercados alternativos para produtos brasileiros
Autoridades de Brasil e México assinaram nesta quarta-feira 27 dois acordos sobre biocombustíveis e competitividade, em meio à pressão que as duas maiores economias da América Latina enfrentam devido à política comercial dos Estados Unidos.
Os acordos foram fechados no contexto da visita ao México do vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin. Os dois países “vão analisar as melhores formas de cooperar em matéria de produção, uso, regulação e certificação de biocombustíveis”, informou o governo mexicano, em comunicado assinado pela chancelaria e as secretarias de Economia e Energia.
Os órgãos destacaram que buscam aproveitar “a experiência brasileira reconhecida (…) no desenvolvimento sustentável de biocombustíveis”.
A Secretaria de Economia, responsável pela política comercial do México, também assinou um memorando de entendimento com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) que visa a “fortalecer as capacidades institucionais, bem como a aumentar a competitividade e o posicionamento internacional das empresas mexicanas e brasileiras”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca aprofundar a relação comercial com o México, para enfrentar “o momento de incerteza” pelo qual o Brasil passa após a imposição, neste mês, de tarifas elevadas pelos Estados Unidos. O objetivo de Brasília é ampliar o atual acordo comercial com o México e expandir o fluxo de mercadorias entre os dois países, com foco em setores como o farmacêutico, agropecuário e aeroespacial.
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, destacou que existem muitas possibilidades de complementaridade econômica com o Brasil. Entre as áreas de oportunidade, destacou, além da indústria farmacêutica, a fabricação de automóveis.
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