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Após tarifaço, avaliação de brasileiros sobre os EUA piora e visão sobre a China tem melhora significativa

O levantamento publicado pela Quaest também mostra posições dos brasileiros sobre Israel e Rússia

Após tarifaço, avaliação de brasileiros sobre os EUA piora e visão sobre a China tem melhora significativa
Após tarifaço, avaliação de brasileiros sobre os EUA piora e visão sobre a China tem melhora significativa
O presidente chinês Xi Jinping e dos EUA Donald Trump Foto: Fred Dufour/AFP
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Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira 26 pela consultoria Quaest em parceria com a Genial Investimentos indica que a população brasileira tomou partido na guerra comercial promovida pelos Estados Unidos. A imagem dos norte-americanos, segundo o levantamento, piorou entre a população do País, enquanto a visão sobre a China, principal antagonista do governo Donald Trump, melhorou consideravelmente.

Hoje, segundo a Quaest, 48% dos brasileiros têm opiniões desfavoráveis sobre os EUA. Outros 44% se dizem favoráveis ao país governado por Trump – o que indica empate no limite da margem de erro. Em fevereiro do ano passado, um levantamento semelhante feito pela consultoria indicava que 58% dos brasileiros tinham opinião positiva sobre os EUA, e apenas 24% contra.

No caso da China, a curva se inverte. Hoje, 49% dos brasileiros dizem ter opinião favorável sobre o gigante asiático, contra 37% que se dizem contrários. Em outubro de 2023, eram 34% favoráveis e 44% contrários.

Os pesquisadores perguntaram também as opiniões dos brasileiros sobre a Argentina (há um equilíbrio), sobre Israel (o domínio passa a ser desfavorável nos últimos meses) e Rússia (as pessoas que se dizem desfavoráveis lideram por ampla margem em todas as etapas da pesquisa). Veja os resultados:

Quando separados por posições políticas, os participantes da pesquisa têm posturas distintas. Enquanto os eleitores de Lula em 2022 indicam ter posições favoráveis à China, aqueles que votaram em Jair Bolsonaro são mais favoráveis aos EUA e a Israel.

Foram ouvidas 2.004 pessoas, entre os dias 13 e 17 de agosto. As entrevistas foram realizadas em oito estados (BA, GO, MG, PE, PR, RJ, RS e SP). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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