Do Micro Ao Macro

Curso gratuito ensina ampliar exportações de micro e pequenas empresas

Programa Exporta SP oferece aulas, mentorias e orientações sobre logística, certificações, marketing e acesso a novos mercados

Curso gratuito ensina ampliar exportações de micro e pequenas empresas
Curso gratuito ensina ampliar exportações de micro e pequenas empresas
Os exportadores estão preocupados com o impacto sobre o faturamento e o emprego. A indústria é o setor mais afetado – Imagem: Rodrigo Felix Leal/GOVPR
Apoie Siga-nos no

O Sindicato da Micro e Pequena Indústria (SIMPI) e a Investe SP, agência vinculada ao Governo de São Paulo, lançaram o curso Exporta SP, voltado para capacitar micro e pequenas empresas que desejam iniciar ou expandir suas exportações. O programa é gratuito e oferece aulas online, mentorias individuais e networking com empresários que já atuam no comércio exterior.

A iniciativa tem o apoio institucional do SIMPI Nacional, que atua para fortalecer a competitividade das MPEs. O objetivo é orientar os participantes sobre como acessar novos destinos comerciais, adaptar produtos e embalagens, atender às exigências legais e superar barreiras logísticas e culturais.

Segundo Joseph Couri, presidente do SIMPI Nacional, “o Exporta SP é uma oportunidade para que micro e pequenas empresas aprendam, de forma prática e acessível, as estratégias necessárias para ganhar competitividade fora do país. Ao apoiar programas como este, reforçamos nosso compromisso com o crescimento sustentável das empresas e com o fortalecimento da economia brasileira”.

O conteúdo do curso aborda temas como certificações internacionais, processos aduaneiros, estratégias de negociação e marketing voltado ao mercado externo. Além das aulas, os inscritos contarão com acompanhamento de especialistas e orientações direcionadas à realidade de cada negócio.

Impacto do tarifaço

Além de apoiar a capacitação, o SIMPI acompanha os efeitos do chamado tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras. O aumento de 50% nas tarifas levou o governo federal a anunciar medidas de apoio, incluindo linha de crédito de R$ 30 bilhões com garantia do Fundo de Garantia de Exportação (FGE), ampliação das alíquotas do Reintegra, compras governamentais de perecíveis e extensão de prazos para pagamento de tributos.

Joseph Couri avaliou as medidas como positivas, mas destacou limitações. “As ações são positivas, mas o impacto das tarifas continua a prejudicar uma parte significativa das exportações, especialmente para aqueles negócios que não conseguem redirecionar seus produtos ou renegociar com os compradores americanos. O governo tomou a decisão correta em focar nas pequenas empresas, mas é necessário continuar acompanhando as necessidades dessas empresas que ainda não estão totalmente amparadas.”

Ele observa que as regiões Sul e Sudeste são as mais atingidas e alerta para os riscos sobre o emprego. “O principal desafio será garantir que as empresas possam manter seus empregos. Aqueles que não conseguem adaptar seus produtos ou mercados podem sofrer sérios impactos. A discussão sobre essa tarifa não é apenas econômica, é política, e esperamos que o governo consiga resolver essa questão de forma satisfatória.”

Couri reforça que o trabalho conjunto entre governo federal, governadores e órgãos de apoio precisa ser contínuo, e afirma que novas medidas podem ser necessárias para proteger empresas e trabalhadores diante do cenário de incertezas.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo