Economia

BNDES tem lucro de R$ 13,3 bilhões no primeiro semestre de 2025

Resultado é semelhante ao mesmo período de 2024

BNDES tem lucro de R$ 13,3 bilhões no primeiro semestre de 2025
BNDES tem lucro de R$ 13,3 bilhões no primeiro semestre de 2025
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES. Rio de Janeiro, Foto: Miguel Ângelo/Agência Brasil
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou, no primeiro semestre deste ano, lucro de 13,3 bilhões de reais. O resultado é semelhante ao do primeiro semestre de 2024. A injeção de crédito na economia teve aumento de 56% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 129,6 bilhões de reais no primeiro semestre de 2025.

Os resultados foram divulgados pelo BNDES nesta quinta-feira 21. Os dados mostram ainda que houve aumento de 204,2 bilhões de reais nos ativos totais do banco, na atual gestão, desde o início de 2023, alcançando 888 bilhões de reais, um crescimento de 30% em relação a 2022. Houve aumento também ao longo do semestre, de 5,6%. No final de 2024, os ativos do banco somavam 840,9 bilhões de reais.

Em relação a inadimplência, ou seja, 90 dias ou mais de atraso nos pagamentos, a taxa registrada no segundo trimestre foi de 0,03% que, de acordo com o banco, permanece “expressivamente inferior” à do Sistema Financeiro Nacional, cuja taxa geral é 3,55% e a taxa para grandes empresas em junho de 2025 é 0,43%. A taxa do segundo trimestre desse ano é, no entanto, superior ao do primeiro trimestre, 0,001%.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou que o banco apresenta, atualmente, o segundo melhor resultado do sistema financeiro.

“Quero registrar isso para que se preserve as instituições de excelência do Estado brasileiro. Elas trazem retorno para o crescimento, emprego, inovação, descarbonização, reindustrialização do país e para o enfrentamento da crise climática. É um papel imprescindível e mesmo uma alavancagem do setor privado, mercado de capitais”, destacou o presidente.

O BNDES é um banco público federal, voltado para o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira.

Crédito por setor

Os maiores crescimentos em aprovações de crédito foram para a indústria, alcançando 18,1 bilhões de reais, uma alta de 24% sobre 2024 e de 220% sobre 2022, e para a agropecuária, com 17 bilhões de reais, avanço de 20% em relação a 2024 e de 262% sobre 2022.

Já o crédito aprovado para o setor de comércio e serviços somou 13,5 bilhões de reais, o que representa uma alta de 18% sobre 2024 e de 124% sobre 2022; e, para a infraestrutura foi de 24,2 bilhões de reais, uma queda de 8% sobre 2024, mas uma alta de 53% sobre 2022.

O balanço mostrou ainda que o apoio a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) teve aumento no primeiro semestre deste ano em relação ao ano passado. As garantias prestadas por fundos garantidores em operações realizadas por agentes financeiros alcançaram 56,8 bilhões de reais, enquanto as aprovações de crédito somaram 32 bilhões de reais, totalizando o volume de 88,8 bilhões de reais em apoio a estas empresas, aumento de 92% comparado ao primeiro semestre de 2024.

Segundo Mercadante, apesar do cenário nacional adverso ao crédito, com altas taxas, o banco apresentou um bom desempenho.

“Evidente que a política monetária é uma política contracionista, para desacelerar a oferta de crédito. O nosso o nosso papel como banco público é procurar apresentar melhores resultados”, diz. “Estamos mostrando um crescimento muito expressivo no volume de crédito. Muito expressivo, em uma conjuntura diversa.”

O patrimônio líquido do banco encerrou o primeiro semestre de 2025 com o saldo de 165,3 bilhões de reais, de acordo com os dados apresentados, com um aumento de 6,9 bilhões de reais frente ao saldo de dezembro de 2024.

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