Economia

Boeing negocia a venda de até 500 aviões para a China, informa agência

O acordo representaria uma vitória importante para a fabricante americana, que enfrenta dificuldades

Boeing negocia a venda de até 500 aviões para a China, informa agência
Boeing negocia a venda de até 500 aviões para a China, informa agência
O 787 Dreamliner, da Boeing. Foto: Logan Cyrus/AFP
Apoie Siga-nos no

A gigante americana da aviação Boeing negocia a venda de até 500 aviões para empresas chinesas, noticiou, nesta quinta-feira 21, a Bloomberg News, citando fontes ligadas ao caso.

O acordo representaria uma vitória importante para a fabricante americana, que enfrenta dificuldades.

As ações da empresa subiram até 3,7% nas operações prévias à abertura do mercado.

Fontes da Bloomberg informaram que a operação dependeria de que Washington e Pequim chegassem a um acordo de longo prazo em sua guerra comercial.

O acordo da Boeing seria um aspecto-chave na negociação entre as duas potências, acrescentaram.

Elas informaram, ainda, que funcionários chineses tinham começado a sondar as companhias aéreas nacionais para determinar de quantos aviões precisariam.

Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, o presidente Donald Trump impôs novas tarifas alfandegárias a seus parceiros em todo o mundo, buscando abordar os déficits comerciais dos Estados Unidos que, segundo ele, evidenciam práticas desleais.

Em julho, a Presidência americana anunciou que o Japão havia se comprometido a comprar 100 aviões da Boeing e a Indonésia, outros 50, como parte das negociações para evitar tarifas aduaneiras mais elevadas.

Trump tem criticado especialmente a China em sua tentativa de reestruturar o comércio internacional.

Neste ano, Washington e Pequim adotaram tarifas mútuas aos produtos de seus respectivos países que chegaram a alcançar três dígitos, o que motivou a suspensão temporária das entregas de aviões da Boeing.

No entanto, em maio, as duas partes concordaram em reduzir temporariamente as tarifas e adotaram prorrogações posteriores de 90 dias enquanto negociam um pacto de longo prazo.

O último grande acordo da China com a Boeing foi alcançado em 2017, no início do primeiro mandato de Trump, quando Pequim acordou a compra de 300 aviões por mais de 37 bilhões de dólares (mais de 122 bilhões de reais, em valores da época).

Em julho, a Boeing reportou perdas menores no segundo trimestre do que no ano anterior, ao mesmo tempo em que entregou a maior quantidade de aeronaves desde 2018.

A fabricante foi afetada por problemas de controle de qualidade após a explosão de um painel da fuselagem de um 737 MAX, em janeiro de 2024. Este incidente ocorreu após dois acidentes mortais com o popular modelo MAX em 2018 e 2019.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo