Economia

Governo federal vai comprar perecíveis que iriam para os EUA, diz ministro

Merenda escolar será um dos destinos desses produtos; os itens também serão parte do cardápio das Forças Armadas

Governo federal vai comprar perecíveis que iriam para os EUA, diz ministro
Governo federal vai comprar perecíveis que iriam para os EUA, diz ministro
Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, participa do programa A Voz do Brasil. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse nessa quarta-feira 20, em entrevista à Voz do Brasil, que o governo brasileiro vai comprar produtos perecíveis, como frutas, peixes e carnes que, inicialmente, seriam vendidos aos Estados Unidos. Os itens foram afetados pelo tarifaço promovido por Donald Trump contra os produtos brasileiros.

Segundo Teixeira, os novos destinos dos produtos devem ser a merenda escolar, a alimentação das Forças Armadas, os hospitais, os restaurantes universitários e os programas de aquisição de alimentos destinados às populações em insegurança alimentar.

Outros compradores

Ainda de acordo com o ministro, o governo atua, neste momento, para abrir outros mercados internacionais que possam absorver parte destes produtos. “Nós estamos só regulamentando porque percebemos que alguns setores conseguem redirecionar rapidamente esses programas para outros países”.

Um dos exemplos citados foi o caso da castanha, que deve ser comercializada para a Europa. “O mesmo acontece com o café. Não tem café no mundo hoje, em lugar nenhum, para substituir o produto brasileiro”, argumentou.

No caso da carne, o ministro afirmou que o produto pode ser estocado, congelado e redirecionado. No entanto, em relação a produtos como mel, açaí, uva e peixes são mais perecíveis e, por isso, deverão ser absorvidos nos programas nacionais de compras públicas.

Preços

Segundo Teixeira, as compras vão proteger os empreendedores diretos e toda a cadeia produtiva. Os preços, sustenta o ministro, serão os mesmos já praticados no mercado interno. “Certamente o governo não tem como pagar o preço em dólar, que é o preço de exportação. Mas o governo tem como pagar o preço do mercado interno”, explicou.

(Com informações de Agência Brasil)

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