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Eduardo responde Malafaia após ser chamado de ‘babaca’: ‘Estamos juntos, o senhor é igual a mim’

O deputado, em vídeo, preferiu não escalar a crise e demonstrou apoio ao líder religioso, sem citar os xingamentos revelados pela PF

Eduardo responde Malafaia após ser chamado de ‘babaca’: ‘Estamos juntos, o senhor é igual a mim’
Eduardo responde Malafaia após ser chamado de ‘babaca’: ‘Estamos juntos, o senhor é igual a mim’
O deputado Eduardo Bolsonaro foi chamado de 'babaca' e 'idiota' pelo pastor Silas Malafaia. Fotos: Palácio do Planalto/Wikimedia Commons e Marcos Corrêa/Wikimedia Commons
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu, na noite de quarta-feira 20, às mensagens em que o pastor Silas Malafaia o chamou de “babaca”, “inexperiente” e “idiota” em conversa com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) interceptada pela Polícia Federal na investigação sobre a trama nos Estados Unidos. Apesar dos ataques do pastor, o parlamentar preferiu não escalar a crise e demonstrou apoio ao líder religioso.

Em vídeo publicado no X, o deputado minimizou a repercussão dos áudios e disse que os vazamentos seriam parte de uma “fish expedition” – expressão usada para se referir a investigações amplas em que autoridades colhem dados e divulgam trechos seletivos.

Segundo ele, trata-se de uma “cortina de fumaça” para esconder conflitos do Supremo Tribunal Federal com o sistema financeiro. Na prática, no entanto, a PF concluiu, a partir das mensagens e outras provas, que Eduardo e Bolsonaro cometeram o crime de coação no curso do processo. A dupla foi indiciada.

“Pastor Silas Malafaia, estamos juntos. O senhor está sofrendo os últimos atos desse regime, é a situação do desespero […]. O senhor é igual a mim, está preocupado com o Brasil e os brasileiros. Bola pra frente”, afirmou Eduardo, sem citar os xingamentos.

A mensagem não mencionada explicitamente por Eduardo veio a público nesta quarta-feira. Malafaia, em 11 de julho, enviou mensagens duras a Jair Bolsonaro, criticando Eduardo por supostamente fortalecer o discurso nacionalista associado à esquerda. O conteúdo foi incluído em relatório da PF enviado ao STF, que investiga a tentativa de golpe de Estado.

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