Política
União Brasil e PP oficializam superfederação com a maior bancada da Câmara
O evento contou com discursos de governadores de oposição, como Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Ronaldo Caiado (Goiás)
As executivas nacionais do União Brasil e do PP decidiram, nesta terça-feira 19, oficializar a federação entre os partidos. As legendas controlam quatro ministérios no governo do presidente Lula (PT), mas o evento contou com discursos de governadores de oposição, como Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Ronaldo Caiado (Goiás).
Figuras como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) também estiveram na solenidade.
A formalização desta terça era uma das etapas necessárias para concretizar a aliança, anunciada há quatro meses, no Tribunal Superior Eleitoral. Com o arranjo, a federação União Progressista (que responderá pela sigla UPb) terá a maior bancada da Câmara, o maior número de prefeitos e as maiores fatias de recursos públicos para campanhas e despesas partidárias.
Primeiro a discursar, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que a nova força partidária é independente do governo Lula. “Não é um movimento de oposição ou situação, este movimento precisa ser um movimento de política com P maiúsculo, com o olhar voltado para o futuro do Brasil.”
O União Brasil controla três ministérios: Comunicações (Frederico Siqueira), Integração Nacional (Waldez Góes – filiado ao PDT, mas indicado com a bênção de Alcolumbre) e Turismo (Celso Sabino). O PP, por sua vez, está no comando dos Esportes, com André Fufuca.
Desde 2017, as coligações foram extintas nas eleições proporcionais, que escolhem deputados e vereadores. No entanto, a legislação continuou a permitir a união de partidos em torno de uma única candidatura nas disputas majoritárias (para presidente, senador, governador e prefeito).
Com a criação das federações, instituídas em 2022, os partidos podem se unir na disputa por qualquer cargo, desde que permaneçam assim por todo o mandato conquistado. A federação vale para eleições majoritárias e proporcionais.
A principal diferença entre os modelos, portanto, é o caráter permanente das federações, uma vez que as alianças firmadas nas coligações valem apenas até a eleição e podem ser desfeitas logo em seguida. Há três federações partidárias estão em vigor: PT-PCdoB-PV, Rede-PSOL e PSDB-Cidadania.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
STF isenta Igreja Universal de responsabilidade por demolição de casarões em Minas
Por CartaCapital
TSE empossa 2 ministros indicados por Lula
Por Agência Brasil