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Justiça de SP mantém prisão de Hytalo Santos e marido após audiência de custódia

Os dois são investigados pelo Ministério Público da Paraíba por tráfico humano e exploração sexual infantil, e foram detidos na manhã da sexta-feira 15

Justiça de SP mantém prisão de Hytalo Santos e marido após audiência de custódia
Justiça de SP mantém prisão de Hytalo Santos e marido após audiência de custódia
Hytalo Santos e Israel Nata Vicente foram presos nesta sexta-feira 15 em São Paulo. Foto: Divulgação DEIC-SP
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A Justiça de São Paulo manteve a prisão do influenciador Hytalo Santos e do seu marido em audiência de custódia realizada neste sábado 16. Eles são investigados pelo Ministério Público da Paraíba por tráfico humano e exploração sexual infantil, e foram detidos na manhã da sexta-feira 15.

De acordo com o TJ paulista, as audiências foram realizadas no formato virtual, “apenas para verificar se alguma ilegalidade foi cometida no ato da prisão”. Ainda não se sabe a penitenciária onde a dupla ficará detida. À imprensa, o advogado Ricardo Ueno, que defende o influenciador, afirmou que o resultado era esperado.

“Quem decretou a prisão foi um juiz da Paraíba, então aqui foi uma audiência pró-forma somente para verificar a legalidade da prisão, se eles sofreram algum tipo de agressão, e tudo mais, e foi constatado que foi tudo correto, então eles seguem presos”, declarou. Mais cedo, a defesa de Hytalo pediu a revogação da prisão preventiva à Justiça da Paraíba.

As investigações contra o influencer, que correm sob sigilo, apuram suspeitas de tráfico humano e exploração sexual infantil, com foco na exposição de crianças e adolescentes em conteúdos para redes sociais. Há indícios de que parte dos jovens tenha sido emancipada de forma irregular, em troca de presentes, para participar de produções digitais.

O caso ganhou maior visibilidade após o youtuber Felca publicar um vídeo denunciando a “adultização” de menores em conteúdos de influenciadores, citando Hytalo. Outros perfis que seguem o mesmo padrão de conteúdo foram mencionados.

Segundo o MPPB, as apurações começaram em 2024 e foram conduzidas por promotorias de Bayeux e João Pessoa.

A promotoria de Bayeux investiga relatos de festas com adolescentes, consumo de álcool e nudez em um condomínio de luxo. Já a de João Pessoa apura o suposto esquema de emancipação. O MPT, por sua vez, analisou mais de 50 vídeos e colheu depoimentos de pessoas ligadas à produção.

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