Política

CCJ aprova aumento de pena para aliciamento de menores pela internet

Projeto amplia punições quando o crime é cometido em plataformas digitais; proposta segue para votação no plenário da Câmara

CCJ aprova aumento de pena para aliciamento de menores pela internet
CCJ aprova aumento de pena para aliciamento de menores pela internet
CCJ da Câmara dos Deputados. Foto: Antonio Araujo/Câmara dos Deputados
Apoie Siga-nos no

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira 13, o projeto de lei que aumenta as penas para o crime de aliciamento de crianças e adolescentes praticado pela internet. A proposta, de autoria da ex-deputada Shéridan (PSDB-RR), agora segue para votação no plenário da Casa.

O texto altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para estabelecer pena de um a três anos de prisão para quem facilitar o acesso de crianças a conteúdo pornográfico ou assediá-las para que se exibam de forma sexualmente explícita. Caso o crime seja cometido por meio de aplicativos de comunicação, como redes sociais e serviços de mensagens instantâneas, a pena será aumentada em um terço.

Segundo a justificativa de Shéridan, a proposta busca adaptar a legislação à realidade digital. “Os aplicativos oferecem anonimato e rapidez, o que pode facilitar a ação de aliciadores. Precisamos de leis que reflitam essa realidade e protejam nossas crianças”, afirmou.

A aprovação ocorre em meio a um cenário de forte debate sobre crimes virtuais contra menores, impulsionado pela repercussão de denúncias de exploração infantil nas redes sociais. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu que “proteger a infância não é um favor, é um dever” e anunciou a criação de um grupo de trabalho para analisar propostas de proteção a menores de idade na internet.

Se o projeto for aprovado no plenário sem alterações, seguirá para o Senado. Em caso de aprovação, dependerá de sanção presidencial para entrar em vigor.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo