Do Micro Ao Macro
Três em cada dez PMEs no Brasil não sabem se têm lucro ou prejuízo
Pesquisa aponta falta de digitalização como fator que amplia o apagão de dados na gestão financeira
Cerca de 30% das pequenas e médias empresas no Brasil não conseguem identificar se encerram o mês com lucro ou prejuízo. O dado faz parte da pesquisa Digitalização dos empreendedores brasileiros: onde estamos e para onde vamos, realizada pela Conta Azul com mais de 400 empresas em todas as regiões do país.
O levantamento mostra que a falta de clareza não está associada à negligência dos empreendedores. Pelo contrário, quase metade das PMEs (49%) dedica tempo excessivo a tarefas burocráticas ligadas à rotina financeira. O problema central, segundo a pesquisa, é a ausência de governança e processos digitalizados, o que compromete a qualidade das informações disponíveis.
Falta de digitalização afeta resultados
Empresas que não adotam ferramentas digitais enfrentam um apagão analítico mais intenso, dificultando o acesso a dados atualizados, a identificação de erros e a tomada de decisões estratégicas.
Para Pricylla Couto, diretora de marketing da Conta Azul, a solução passa pela modernização da gestão. “A boa governança digital é o caminho mais seguro para evitar crises e endividamento. Com dados confiáveis, o empreendedor tem clareza sobre a saúde financeira do negócio e maior capacidade de agir de forma preventiva.”
Impacto da governança digital
A executiva reforça que a gestão financeira estruturada é o primeiro passo para o controle real do negócio. Isso inclui a integração de dados, monitoramento de indicadores e uso de sistemas que facilitem a visualização das finanças em tempo real.
Ao final de 2025, a Conta Azul deve se consolidar, pelo segundo ano consecutivo, como a maior comunidade contábil da América Latina, com mais de 10 mil empresas parceiras e integração a uma rede que atende mais de 100 mil PMEs.
Do Micro ao Macro
A editoria de empreendedorismo de CartaCapital
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Conselho de Contabilidade e Sebrae firmam termo de cooperação técnica
Por CartaCapital
Reforma Tributária pode ampliar até 10 pontos percentuais o lucro da indústria e 5 o do varejo
Por Do Micro ao Macro