Mundo

Paramilitares matam 40 pessoas em campo de refugiados no Sudão

Equipe de resgate afirmou que os civis morreram ‘por balas perdidas ou por execuções diretas’

Paramilitares matam 40 pessoas em campo de refugiados no Sudão
Paramilitares matam 40 pessoas em campo de refugiados no Sudão
Vista aérea do aeroporto em Nyala, a capital do estado de Darfur do Sul, no Sudão. Foto: Planet Labs PBC/AFP
Apoie Siga-nos no

Paramilitares sudaneses mataram pelo menos 40 pessoas nesta segunda-feira 11 em um campo de refugiados em Darfur, afetado pela fome e em meio a combates que não cessam no país, indicaram os socorristas locais.

Os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR) atacaram o campo de Abu Shuk, no oeste do Sudão, disparando nas ruas e dentro das habitações, relatou o Centro de Resposta de Emergência local, uma das centenas de redes de voluntários que oferecem ajuda na linha de frente desde que a guerra entre o Exército sudanês e as FAR eclodiu em abril de 2023.

Os socorristas afirmaram que mais de 40 civis morreram e pelo menos 19 ficaram feridos no ataque.

A equipe de resgate afirmou que os civis morreram “por balas perdidas ou por execuções diretas” no campo, localizado nos arredores de El Fasher.

As FAR mantêm um estado de sítio em El Fasher, capital do estado de Darfur do Norte e última grande cidade desta região ainda sob controle do Exército, desde maio de 2024.

O comitê de resistência local, um grupo voluntário pró-democracia, confirmou o número de pelo menos 40 mortos no ataque de segunda-feira e condenou o que classificou como “horríveis violações cometidas contra pessoas inocentes e desarmadas”.

Nos últimos meses, El Fasher e campos de refugiados próximos têm sido alvo de ataques das FAR, depois que o grupo foi expulso de Cartum, a capital sudanesa, no início deste ano.

A guerra causou dezenas de milhares de mortes, deslocou milhões de pessoas e criou o que a ONU descreve como a maior crise atual de deslocados e fome no mundo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo