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Experiências curtas no currículo: entenda como elas impactam sua imagem profissional

Pesquisa mostra que passagens rápidas exigem narrativa consistente para não prejudicar a avaliação em processos seletivos

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Trocar de emprego com frequência tornou-se mais comum nos últimos anos, mas ainda levanta dúvidas entre recrutadores. Um estudo global da Novorésumé, realizado em abril com mais de 200 profissionais de RH na Europa e nas Américas, indica que 85% veem passagens curtas no currículo como sinal de alerta. Para 34,7%, essa é uma preocupação considerada grave.

Apesar do aumento da mobilidade profissional, a estabilidade segue como critério relevante para contratação.

Importância de consistência na trajetória

Para a headhunter Maria Eduarda Silveira, fundadora da Bold HRO, o tempo de permanência não é o principal ponto de atenção. O problema surge quando não há clareza sobre o motivo da mudança ou sobre o impacto gerado pelo profissional. Segundo ela, movimentações rápidas podem ser aceitas quando acompanhadas de uma narrativa consistente e objetiva.

Passagens sem contexto podem ser interpretadas como indício de instabilidade ou dificuldade de adaptação. Maria Eduarda destaca que gestores querem entender se o profissional demonstra consistência, já que cada contratação representa investimento de tempo e recursos.

Transparência como estratégia

A recomendação da especialista é nunca omitir experiências, mesmo as mais breves. Em vez disso, é necessário contextualizá-las, especialmente quando se tratam de projetos específicos ou posições temporárias. Explicar o cenário desde o início evita dúvidas e reforça a credibilidade.

Manter coerência entre currículo, perfil no LinkedIn e referências é essencial. A omissão pode criar inconsistências e prejudicar a imagem do candidato.

Para quem atua como freelancer, consultor ou está em transição de carreira, agrupar trabalhos semelhantes e apresentar resultados alcançados pode fortalecer a percepção sobre aquela fase. O foco deve estar em como a experiência contribuiu para a trajetória profissional.

Maria Eduarda resume a lógica das transições de emprego: cada mudança precisa responder a duas questões — porque ocorreu e o que agregou à carreira. Se a resposta for clara e consistente, até passagens curtas podem valorizar a imagem do profissional no mercado.

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