Economia

Alcolumbre retoma controle do plenário e Senado aprova isenção de IR para quem ganha até 2 salários mínimos

Após o fim da ocupação bolsonarista, o senador conduziu a votação sentado na cadeira da Presidência da Casa e evitou a perda de validade de medida provisória do governo Lula

Alcolumbre retoma controle do plenário e Senado aprova isenção de IR para quem ganha até 2 salários mínimos
Alcolumbre retoma controle do plenário e Senado aprova isenção de IR para quem ganha até 2 salários mínimos
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, retomou o controle da Casa após acordo com os bolsonaristas. Foto: Edilson Rodriguês/Agência Senado
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Em sessão realizada nesta quinta-feira 7, o Senado Federal aprovou o projeto de lei que atualiza a tabela do Imposto de Renda e garante isenção para contribuintes com renda mensal de até dois salários mínimos. A votação ocorreu de forma simbólica, sem registro nominal, e o texto segue agora para a sanção do presidente Lula (PT).

A proposta, de autoria do deputado José Guimarães (PT-CE) e relatada no Senado por Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo na Casa, foi o primeiro item da pauta após a retomada dos trabalhos, interrompidos por quase dois dias devido à ocupação do plenário por senadores bolsonaristas.

O impasse teve início na terça-feira 5, quando congressistas aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciaram uma obstrução em protesto contra sua prisão domiciliar, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O grupo também pressionava pela abertura de um processo de impeachment contra o juiz e pela anistia aos golpistas de 8 de Janeiro.

A aprovação do projeto era considerada urgente, já que ele substitui uma medida provisória editada em abril, prestes a perder a validade. O prazo termina na segunda-feira 11. Caso o Senado não votasse o texto, a faixa de isenção poderia ser revertida.

Com a votação conduzida por Alcolumbre após a retomada do controle do plenário, a nova tabela passa a valer para os rendimentos de 2025, refletindo nas declarações que serão entregues em 2026. Segundo estimativas do governo, a ampliação da isenção representa uma renúncia fiscal de 3,3 bilhões de reais neste ano.

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