Economia
Trump ameaça tarifas de até 250% a produtos farmacêuticos e volta a pressionar a Índia
As medidas tentam levar a produção dos itens médicos para os EUA e também prejudicar o fluxo comercial da Rússia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira 5 que as tarifas que planeja impor sobre os produtos farmacêuticos importados poderão chegar a 250% no futuro e voltou a pressionar a Índia.
Trump ameaçou várias vezes a Índia com uma ‘sanção’ caso continue comprando petróleo russo. Por enquanto, previu tarifas alfandegárias de 25% para o país asiático, mas disse que isso pode mudar nas próximas 24 horas.
“A Índia não tem sido um bom parceiro comercial, porque eles fazem muitos negócios conosco, mas nós não fazemos negócios com eles. Ajustamos para 25%, mas acho que vou aumentar isso substancialmente nas próximas 24 horas, porque estão comprando petróleo russo”, disse Trump em uma entrevista à CNBC. Não detalhou qual seria o aumento.
Quanto aos produtos farmacêuticos, o presidente republicano anunciou no início de julho que imporia uma sobretaxa de 200% se a produção não fosse transferida rapidamente para território americano.
“Inicialmente, vamos colocar uma tarifa baixa sobre os produtos farmacêuticos, mas em um ano, um ano e meio, no máximo, subirá para 150% e depois para 250% porque queremos que os produtos farmacêuticos sejam fabricados em nosso país”, disse Trump à CNBC.
Ao mesmo tempo, o presidente dos Estados Unidos quer reduzir os preços dos medicamentos, que em média são muito mais altos do que na grande maioria dos outros países industrializados.
Em cartas enviadas na semana passada para 17 empresas do setor, ele pediu que baixem os preços de seus produtos ou enfrentarão represálias. Elas têm até o dia 29 de setembro para se comprometerem a fazê-lo.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Tarifaço: O caminho para acordo entre Brasil e EUA na mineração, segundo Haddad
Por CartaCapital
Em ata, Copom justifica a decisão que manteve a Selic em 15% ao ano; leia a íntegra
Por CartaCapital



