Economia
UE suspende medidas de retaliação aos EUA após fechar acordo comercial com Trump
O bloco europeu, no entanto, não descarta reativar as medidas caso o confronto com a administração do político de extrema-direita seja retomado
A União Europeia (UE) anunciou nesta terça-feira 5 a suspensão das medidas de retaliação pelas tarifas de importação impostas por Donald Trump após o acordo comercial alcançado pelo bloco e os Estados Unidos.
Nos últimos meses, a Comissão Europeia preparou uma lista de produtos americanos que seriam taxados caso os Estados Unidos e a UE não chegassem a um acordo.
A lista incluía 93 bilhões de euros (109 bilhões de dólares ou 599 bilhões de reais) em mercadorias. Soja, aviões e veículos estavam entre os itens impactados.
Após meses de negociações difíceis, Bruxelas e Washington concluíram, no final de julho, um acordo comercial que estabelece tarifas de 15% para os produtos europeus exportados para os Estados Unidos.
“A Comissão (Europeia) adotou hoje (terça-feira) o procedimento jurídico necessário para suspender a implementação de nossas contramedidas europeias”, declarou o porta-voz do Executivo europeu, Olof Gill.
A UE, no entanto, não descarta reativar as medidas caso o confronto com a administração de Donald Trump seja retomado.
“Colocamos (as medidas) no congelador, mas sempre podemos voltar a reativá-las”, explicou um funcionário da Comissão Europeia, que pediu anonimato.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Mãos ao alto
Por João Paulo Charleaux
Acordo tarifário com os EUA foi bom ou ruim para a União Europeia?
Por Deutsche Welle
Tarifaço: O caminho para acordo entre Brasil e EUA na mineração, segundo Haddad
Por CartaCapital



