Do Micro Ao Macro
De viral a lucrativo: MEIs aumentam vendas com o sucesso do Morango do Amor
Nova receita popularizada nas redes impulsiona demanda real e cria oportunidade de faturamento para microempreendedores


O doce conhecido como “Morango do Amor” se tornou uma oportunidade concreta para pequenos negócios. Inspirado na tradicional Maçã do Amor, o produto viralizou nas redes sociais e foi incorporado por microempreendedores, padarias e restaurantes.
No iFood, o número de pedidos saltou 2.300% em julho, alcançando 275 mil entregas. A quantidade de unidades vendidas ultrapassou 524 mil, o que representa crescimento de quase 2.500%.
Para Mateus Vicente, CEO e cofundador da MaisMei, essa movimentação mostra que acompanhar tendências pode ser mais eficaz do que buscar invenções inéditas. “Observar demandas e adaptar produtos já conhecidos pode ser o caminho para encontrar algo lucrativo”, afirma.
Redes sociais influenciam decisões de compra
De acordo com pesquisa da MaisMei com usuários da plataforma, os canais digitais são os principais meios de captação de clientes entre microempreendedores. O WhatsApp é o mais usado, citado por 83% dos entrevistados. O Instagram aparece com 48,52%, seguido do Facebook, com 37,20%.
Outras ferramentas, como Google e TikTok, têm participação menor. Apenas 9,20% dos MEIs utilizam marketplaces e 7,77% mantêm um site próprio para vendas.
Tendência aponta para lucro contínuo
Análise realizada por Lilian Carvalho, coordenadora do Centro de Estudos em Marketing Digital da FGV, mostrou mais de 9 mil menções ao termo “Morango do Amor” em apenas sete dias. O conteúdo foi 93% positivo.
Segundo a pesquisadora, há indícios de que a demanda é real, não apenas viral. Entre as palavras mais mencionadas estão “morango”, “amor” e “comprei”. Para ela, o termo indica intenção de consumo e reforça que a tendência pode ser aproveitada por quem vende produtos artesanais ou atua com alimentação.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.