Política

Lula recebe Moraes e outros ministros do STF em jantar após sanção dos EUA

O encontro foi marcado para demonstrar apoio ao ministro

Lula recebe Moraes e outros ministros do STF em jantar após sanção dos EUA
Lula recebe Moraes e outros ministros do STF em jantar após sanção dos EUA
O presidente Lula com o ministro do STF Alexandre de Moraes e o PGR Paulo Gonet. Foto: Sergio Lima/AFP
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O presidente Lula (PT) recebeu na noite desta quinta-feira 31 ministros do Supremo Tribunal Federal para um jantar no Palácio da Alvorada. Marcaram presença o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Edson Fachin.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet; o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e advogado-geral da União, Jorge Messias, também foram ao jantar.

O encontro foi marcado para demonstrar apoio ao ministro Alexandre de Moraes e à Corte um dia após o governo dos Estados Unidos anunciar sanções financeiras contra Moraes, com base na Lei Magnitsky, norma norte-americana que prevê a aplicação de restrições para quem é considerado violador de direitos humanos.

Na noite da última quarta-feira 30, Lula divulgou nota em que afirmou que o Brasil “é um País soberano e democrático, que respeita os direitos humanos e a independência entre os Poderes”.

“Um País que defende o multilateralismo e a convivência harmoniosa entre as Nações, o que tem garantido a força da nossa economia e a autonomia da nossa política externa. É inaceitável a interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira”, afirmou o presidente.

A aplicação da lei é a segunda sanção aplicada contra Alexandre de Moraes pelo presidente Trump. No dia 18 de julho, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos do ministro, seus familiares e “aliados na Corte”.

O anúncio foi feito após Moraes abrir um inquérito para investigar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, pela atuação junto ao governo dos Estados Unidos para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo e tentar barrar o andamento da ação penal sobre a trama golpista.

Em março deste ano, Eduardo pediu licença do mandato parlamentar e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política. A licença terminou no último dia 20.

(Com informações da Agência Brasil).

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